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Necessidade de cortes e economia frágil atrasarão compromissos de campanha

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O Brasil prometido pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral poderá começar a sair dos planos e se tornar realidade em janeiro… de 2017. Com as contas públicas em desalinho, a inflação no teto da meta, os juros em alta e a necessidade de um arrocho fiscal que deve superar um contingenciamento de R$ 50 bilhões no Orçamento do ano que vem, dificilmente a petista conseguirá, no próximo ano, deslanchar o que prometeu durante a disputa contra o tucano Aécio Neves.

Em 2016, a situação poderá estar melhor, dependendo das escolhas feitas e dos remédios adotados pelo governo no ano que vem. Mas, por ser um ano eleitoral — disputa para prefeituras e câmaras municipais —, contratos de obras e liberação de recursos só poderão ser feitos até o meio do ano, por conta das restrições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, as ações de Dilma poderão ficar para a segunda metade do segundo mandato.

Ao longo da campanha e durante os debates na televisão, Dilma assegurou a ampliação do Minha Casa, Minha Vida, do Programa Ciência sem Fronteiras e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além da conclusão de várias obras de infraestrutura. Mas na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já anunciou redução do fôlego do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A tesourada poderá atingir outros bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, responsável justamente pelos contratos do Minha Casa, Minha Vida.

Fonte: Correio Web

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