Governador Tarcísio afirma que recuos no projeto de Derrite não são uma derrota

O Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou na quinta-feira (13/11) que não considera como derrota os recuos do deputado federal Guilherme Derrite (PL) em relação ao texto do Projeto de Lei Antifacção. Atualmente na sua quarta versão, o projeto enfrenta resistência tanto de membros do Congresso quanto dos Executivos federal e estaduais.

“Isso não tem nada a ver com derrota. O importante é endurecer as penas e aumentar o custo para quem comete crimes, independente de isso estar na lei antiterrorismo ou em outra legislação. O que importa é o efeito prático”, afirmou Tarcísio em entrevista a jornalistas.

O governador fez essas declarações após participar de um evento no Palácio dos Bandeirantes para anunciar a expansão do ensino técnico na rede estadual.

Tarcísio ressaltou que apoia Derrite como relator do projeto e mantém diálogo com o secretário licenciado da Segurança Pública durante as discussões. Ele também considerou “normal” que o texto passe por mudanças durante o processo legislativo e acredita que o adiamento da votação ajudará a alcançar um consenso entre os parlamentares.

“O adiamento é positivo, pois não se pode submeter um texto ao plenário sem que haja consenso e os parlamentares estejam confortáveis com ele. Temos uma ótima oportunidade para oferecer uma resposta eficaz à sociedade e não podemos desperdiçá-la. A elaboração legislativa envolve idas e vindas, apresentar um texto que não funciona, depois outro”, explicou o governador.

O secretário licenciado da Segurança Pública de São Paulo, Derrite, deixou o governo para relatar o projeto antifacção. Desde que assumiu a função em Brasília, apresentou já quatro versões diferentes do texto, que tem sido criticado principalmente por reduzir a atuação da Polícia Federal nas investigações contra facções.

Na quarta-feira (12/11), Derrite solicitou que a votação do projeto seja postergada para a próxima terça-feira (18/11).