Centro-Oeste
Escola sem registro ligada à Casa Nanny é fechada
A escola de educação infantil Colibri Kids, situada na Asa Sul, Distrito Federal, foi fechada pelo DF Legal em 18 de setembro por operar sem registro junto à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF).
A investigação da Colibri Kids iniciou após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurar um inquérito sobre a creche Casa da Nanny, no Sudoeste, que fora fechada em 23 de maio deste ano. Os donos da Casa da Nanny então abriram a Colibri Kids na Asa Sul, que funcionava sem os devidos alvarás. No momento do fechamento, havia 42 crianças matriculadas, com idades entre 4 meses e 6 anos.
Sobre a creche Casa da Nanny
A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) revelou que a creche Casa da Nanny operava sem autorização da Secretaria de Educação e enfrentava problemas como falta de higiene, risco sanitário e instalações inadequadas.
O MP denunciou criminalmente os responsáveis pelo estabelecimento por sujeitar crianças a constrangimento, associação criminosa e crimes contra a relação de consumo. Segundo a Prodecon, os envolvidos tinham conhecimento dessas irregularidades e mantiveram a operação.
De acordo com o MPDFT, os responsáveis pela creche foram identificados como: Gabriel Alves Asevedo Oliveira (sócio-proprietário e gestor), Daniella Asevedo Oliveira Alves (sócia e administradora), Camila Gomes Macedo Santos (diretora operacional e pedagógica) e Helio Edson Alves e Silva (sócio e responsável pela manutenção). Todos foram denunciados criminalmente.
O Metrópoles tentou contato com a defesa da Casa da Nanny, que optou por não se manifestar.
Relatórios técnicos
Foram constatadas graves violações de normas de segurança, conforme relatórios técnicos que apontaram infiltrações, mofo, móveis em más condições, falta de ventilação adequada, além da presença constante de baratas, inclusive em utensílios usados para alimentação. Também foram encontrados esgoto exposto perto da cozinha, limpeza precária, materiais mofados e alimentos estragados, além da presença de restos e fezes de insetos no filtro de água.
Registraram-se diversos episódios de diarreia, vômitos, febre e infecções bacterianas tanto em crianças quanto em funcionárias, segundo o Conselho Tutelar do Sudoeste desde abril de 2024. Funcionários relataram que havia uma regra para impedir a entrada dos pais nas dependências da creche.
O MPDFT continua seus trabalhos investigativos, incluindo a apuração de possíveis mudanças nos nomes das empresas e alterações na estrutura societária durante a investigação.


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