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ex-nora de lula visitou gabinete de ministro da educação, diz pf
Um documento oficial do Ministério da Educação (MEC) confirma que Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve no gabinete do ministro Camilo Santana em julho de 2024. A visita, no entanto, não consta na agenda pública do ministro.
Segundo o portal Metrópoles, o MEC não respondeu aos pedidos de esclarecimento sobre o ocorrido.
A Polícia Federal (PF) iniciou uma operação para investigar suspeitas de fraudes em processos licitatórios no interior de São Paulo. Carla Ariane, que foi casada com Marcos Cláudio, filho adotivo de Marisa Letícia e Lula, entre 1991 e 2010, é um dos alvos. Estruturalmente, ela seria remunerada para exercer influência no Ministério da Educação.
O registro acessado pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação indica que Carla chegou ao MEC às 12h do dia 12 de julho de 2024 e consta que ela era ligada ao “Presidente Lula”, embora não possua cargo oficial no governo.
A agenda oficial do ministro disponível no site do governo federal mostra que, naquele dia, Camilo Santana visitou um hospital da Universidade de Brasília (UnB) pela manhã e viajou para Fortaleza (CE), sem especificar o horário.
Detalhes da Operação
A PF investiga um esquema que envolve políticos, funcionários públicos e pessoas próximas à família do presidente. O chefe do grupo teria movimentado mais de 125 milhões de reais por meio da empresa Life Educacional, que venceu licitações para fornecimento de material educacional e kits de robótica em prefeituras da região. Cinco presos foram detidos e um continua foragido.
Investigação iniciada há aproximadamente dois anos revelou que a Life Educacional praticava superfaturamento e pagamento de propinas, utilizando ainda empresas de fachada e doleiros para lavagem de dinheiro. Em certos casos, o preço dos produtos licitados era até 35 vezes maior que o preço de aquisição.
O delegado responsável, Guilherme Alves Siqueira, afirmou que frequentemente não havia concorrência real nas licitações, ou esta era simulada.
Conforme as investigações, milhões foram desviados para cuentas pessoais e empresas fantasmas, financiando carros de luxo, blindagem e imóveis. Cerca de 17% do valor total foi utilizado para pagamento legítimo a fornecedores.
Parte do dinheiro foi sacado em espécie para distribuição em pagamentos ilícitos, incluindo propinas a agentes públicos. Entre os presos está o vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), acusado de receber 2,4 milhões de reais para direcionar contratos.
O ex-secretário municipal de educação de Sumaré, José Aparecido Marin, e outros servidores também são investigados por envolvimento e favorecimento no esquema.
Além disso, pessoas ligadas à família do presidente, como Carla Ariane e Kalil Bittar, são apontadas como operadores que receberam benefícios para influenciar decisões governamentais.
Contexto Familiar e Conexões
Carla Ariane Trindade foi casada com Marcos Cláudio, filho adotivo de Lula, e o casal tem um neto, Thiago Trindade, militante do PT. Kalil Bittar tem conexões políticas e empresariais próximas à família presidencial.
A investigação também destaca que valores ilícitos foram usados para pagar viagens e participaram de reuniões com autoridades estaduais e federais.
A Justiça autorizou prisões, afastamentos, bloqueios de bens e buscas em vários locais, incluindo sedes das prefeituras investigadas.
O caso segue sob investigação e o espaço está aberto para manifestações de defesa dos envolvidos.

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