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UE aumenta previsão de crescimento e alerta para déficit em alta

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A economia da zona do euro deve crescer em um ritmo mais rápido do que o esperado para este ano, impulsionada principalmente pelas exportações. No entanto, prevê-se que o crescimento desacelere em 2026 devido às tarifas impostas pelo governo dos EUA.

Segundo relatório divulgado pela Comissão Europeia, que é o órgão executivo da União Europeia, o Produto Interno Bruto (PIB) da região teve desempenho superior ao previsto nos primeiros nove meses do ano, superando as expectativas iniciais graças ao aumento das exportações, antes da implementação das tarifas.

A previsão para o crescimento do PIB da zona do euro foi revisada para cima: de 0,9% para 1,3% em 2024, embora tenha sido reduzida para 1,2% em 2026, contra 1,4% anteriormente estimado. Para 2027, a expansão econômica está projetada em 1,4%.

De acordo com o relatório, essa melhora no crescimento é sustentada por um mercado de trabalho robusto, inflação em queda e condições favoráveis de financiamento. Além disso, o suporte financeiro oriundo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e outros fundos da UE tem ajudado a mitigar os efeitos de políticas fiscais mais restritivas adotadas por diversos países membros.

Considera-se que as tarifas impostas pelo governo dos EUA, que foram implementadas ou oficialmente anunciadas até a data de corte do relatório, permanecerão vigentes ao longo do período analisado.

A taxa de inflação prevista para este ano permanece em 2,1%, conforme o relatório anterior. Já para 2026, a previsão foi ajustada para 1,9%, levemente acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE). Em 2027, a inflação deve se situar em 2%.

Em relação ao déficit orçamentário, a previsão aponta para um aumento gradativo de 3,1% do PIB em 2024 para 3,4% em 2027, impulsionada principalmente pelo aumento dos gastos com defesa.

A relação entre dívida pública e PIB da zona do euro também deve aumentar, passando de 88% para 91% em 2027, em função de déficits persistentes e custos mais elevados para o serviço da dívida pública em comparação ao crescimento econômico nominal. A França, que enfrenta dificuldades para implementar reformas, deve ver sua dívida pública subir de 116,3% do PIB em 2025 para 120% em 2027.

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