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Primeiro-ministro da Polônia acusa sabotagem na ferrovia para Ucrânia
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, relatou nesta segunda-feira (17) um “ato inédito de sabotagem” após a explosão que danificou uma linha ferroviária essencial para o transporte de ajuda à Ucrânia.
“Explodir uma linha férrea (…) é um ato de sabotagem inédito que ameaça a segurança do Estado polonês e de seus cidadãos”, escreveu Donald Tusk em sua rede social X, após visitar o local do incidente em Mika, a 100 km a sudeste de Varsóvia.
A explosão atingiu a ferrovia que conecta Varsóvia à cidade polonesa de Lublin, que também liga o país à Ucrânia, esta última invadida pela Rússia desde fevereiro de 2022.
Utilizada diariamente por 115 trens, “essa rota é fundamental para o envio de ajuda humanitária à Ucrânia”, disse o premiê depois de sua visita ao local.
O ministro do Interior polonês, Maciej Kierwinski, explicou que a explosão foi causada por um cabo, do qual foi encontrado um fragmento na cena do ocorrido.
De acordo com o primeiro-ministro, os danos provavelmente tinham a intenção de descarrilar um trem. Um desastre foi evitado graças ao alerta do maquinista aos serviços especializados ao notar irregularidades na infraestrutura antes de parar o trem.
Nenhuma pessoa ficou ferida no incidente. Tusk também relatou outro caso na mesma ferrovia, em que as janelas de um vagão foram quebradas, provavelmente causadas por um trilho danificado.
Autoridades policiais e serviços de segurança iniciaram imediatamente uma investigação. “Capturaremos os responsáveis, independentemente de quem os apoie”, garantiu o primeiro-ministro.
Desde o começo da invasão russa à Ucrânia, a Polônia, membro da OTAN e da UE, afirma ter sido alvo de tentativas de sabotagem supostamente organizadas pela Rússia.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, declarou em Bruxelas que a Aliança está “em contato próximo com as autoridades polonesas” e aguarda os resultados da investigação conduzida pelos serviços locais.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, demonstrou “solidariedade com a amiga Polônia” e afirmou que a Ucrânia está disposta a apoiar a investigação, se necessário.
Segundo ele, pode ser “mais um ataque híbrido da Rússia para testar reações”.

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