Wassef diz ser alvo de montagem com IA e perseguição em Atibaia

Frederick Wassef, advogado, alega estar sofrendo uma intensa perseguição realizada por um ex-companheiro do Partido Liberal (PL) em Atibaia, São Paulo, utilizando áudios modificados e recursos de inteligência artificial para denegrir sua imagem.

Wassef registrou queixa na Polícia Civil contra Júnior Humberto de Oliveira, conhecido como “Juninho do Cachorro Quente”, ex-vice-presidente do PL na cidade, acusando-o de ameaças veiculadas por meio de mensagens adulteradas e manipulações com inteligência artificial em vídeos e fotos. As autoridades inauguraram um inquérito para apurar os fatos.

Segundo informações divulgadas, Juninho expôs supostas ameaças de morte atribuídas a Wassef. Nas gravações, o advogado de tendência bolsonarista faz declarações agressivas e mostra foto com arma apontada para a própria cabeça.

Wassef, defensor notório da família Bolsonaro, reportou à Polícia Civil que é alvo dessas ações desde outubro de 2024, comandadas pelo advogado Edevaldo de Oliveira. Este último é conhecido por sua ligação com Fabrício Queiroz, antigo assessor que esteve refugiado em propriedade de Wassef em Atibaia.

Historicamente, Wassef e Oliveira foram defensores de Juninho em processo criminal. Wassef o ajudou a assumir cargos políticos locais, mas após deixar de atender certas demandas políticas, acusa-se de sofrer extorsões e perseguições por parte da dupla.

No boletim de ocorrência datado de 11 de novembro, Wassef relata sofrer tortura psicológica e emocional, ameaças, difamações, monitoramento e perseguição física desde outubro de 2024.

Ele ainda afirma que Juninho conta com apoio de um grupo de jornalistas para prejudicá-lo e que o político manipula áudios e vídeos por meio de tecnologia de inteligência artificial. Segundo Wassef, essas ações têm motivação política, ligadas ao descontentamento de Oliveira com sua influência e nomeações após as eleições municipais de 2024.

Wassef destaca que Oliveira teria ameaçado pessoalmente, alegando possuir aliados na polícia e no Ministério Público.

Até o momento, Juninho e Oliveira não comentaram as acusações.

Frederick Wassef declarou oficialmente: Sou vítima de graves crimes praticados por Junior Humberto de Oliveira que, junto a seus comparsas, usa a inteligência artificial para criar falsas imagens e documentos com a intenção de manchar minha reputação, fingir ser a vítima e ludibriar as autoridades. Existem investigações criminais nas quais ele é o principal suspeito e eu sou inocente. As falsas acusações que ele faz contra mim são táticas para encobrir suas ações perante o público e obstruir as investigações. Desafio que sejam apresentadas as gravações originais, sem cortes ou interferências, juntamente com o equipamento usado, para perícia oficial que provará as falsidades. Os arquitetos dessa fraude são Edevaldo de Oliveira, ex-presidiário e condenado, e Junior, também com histórico criminal, que atuam como falsos vítimas para enganar a sociedade.