Notícias Recentes
CPI do INSS quer ouvir Messias para explicar falta de ação da AGU
Membros da CPI do INSS intensificaram críticas ao advogado-geral da União, Jorge Messias, após a divulgação de documentos que indicam que ele foi informado sobre irregularidades cometidas pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), cuja vice-presidência é ocupada por José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Jorge Messias é o principal candidato para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Luís Roberto Barroso. Segundo o jornal Estadão, ele não deu atenção a um alerta interno que apontava o Sindnapi como suspeito de realizar descontos associativos ilegais em benefícios de aposentados.
O relator da CPI, Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou: “Acreditamos ser necessário convocar Messias para depor na comissão, sob risco de omissão nossa”.
A Advocacia-Geral da União (AGU) justificou que o documento originado por uma fiscalização de uma de suas equipes não tinha o objetivo de identificar fraudes, e que não havia elementos suficientes para medidas judiciais.
Parlamentares da comissão aproveitaram para criticar a possível nomeação de Messias para o STF e defenderam sua convocação. O deputado Luiz Lima (Novo-RJ) destacou: “Quero ver como os deputados aliados ao governo vão defender o indefensável”.
Kim Kataguiri (União-SP) apelou aos senadores da CPI para barrar a nomeação. “É fundamental convocar o advogado-geral da União e impedir essa indicação ao STF. Messias não tem condições para ser ministro do Supremo.”
O Sindnapi foi listado em um processo interno da AGU em 2024 entre as entidades que tiveram aumento considerável de queixas judiciais por descontos não autorizados. Esse processo visava avaliar a possibilidade de cancelar convênios com o INSS caso as irregularidades fossem confirmadas.
Os documentos indicam que essas informações seriam usadas para pedir providências à autarquia previdenciária, dando início a um procedimento de averiguação e possível cancelamento dos convênios, conforme registro de abril de 2024.
Evair de Melo (PL-ES) afirmou: “As recentes revelações sobre o envolvimento do governo Lula e do PT em irregularidades com o INSS são chocantes. Nomear um advogado-geral da União com essas situações para o STF é inaceitável. O presidente tenta impor essa indicação porque sabe que colocar alguém íntegro no STF dificultaria sua agenda, algo que não interessa ao governo.”

Você precisa estar logado para postar um comentário Login