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Mulher procurada pela Interpol por fraude é presa e liberada em São Paulo
Poucas horas depois de ser detida por policiais militares na região metropolitana de São Paulo, Thaynara Caroline Santos Pereira, 29 anos, foi liberada pela Polícia Federal (PF). Ela é uma das seis brasileiras incluídas na lista de procurados da Interpol por suspeita de fraude.
A detenção ocorreu durante uma operação na Rodovia Anchieta, em Santo André. Os policiais verificaram que havia um mandado de prisão internacional contra Thaynara, emitido pela Interpol devido a crimes cometidos na Argentina, incluindo associação criminosa e fraude.
Thaynara foi encaminhada para a sede da Polícia Federal na capital paulista, onde o delegado Cássio Câmara Albuquerque registrou a ocorrência para enviar à Interpol. No entanto, sem a homologação do Superior Tribunal Federal (STF), o mandado não pôde ser cumprido, e ela foi liberada horas depois.
Um agente da Polícia Federal explicou que o Brasil não extradita seus cidadãos, mesmo diante de mandados internacionais, e que a prisão no país depende da autorização da Justiça brasileira. Ele acrescentou que a cooperação entre países, especialmente na extradição, é complexa e nem sempre fácil de alinhar.
O tribunal argentino acusou Thaynara de integrar uma quadrilha especializada em clonar cartões bancários por meio de dispositivos instalados ilegalmente em caixas eletrônicos, operação conhecida como ‘chupa-cabras’. O grupo teria atuado principalmente em Buenos Aires entre 2018 e 2019.
A Justiça da Argentina solicitou sua extradição e decretou sua prisão, apontando que Thaynara reside atualmente no Brasil, conforme informações de seu perfil em redes sociais. Ela é investigada por associação criminosa e fraude, com penas previstas entre 3 e 16 anos de prisão.
Em 2023, o Ministério Público Federal recomendou à Justiça que concedesse um salvo-conduto para impedir a prisão baseada apenas na lista da Interpol. Esse pedido foi motivado por uma ação preventiva da defesa, após policiais tentarem cumprir uma ordem internacional de captura no endereço da mãe da investigada em Santo André, medida que foi posteriormente arquivada.
Apesar da decisão judicial brasileira, o nome de Thaynara permanece na lista de procurados da Interpol até a presente data. A defesa da acusada não foi localizada para comentar o caso.

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