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Economia

Tarifa dos EUA não afetou exportações totais do Brasil no curto prazo

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O aumento das tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos exportados pelo Brasil tem diminuído as vendas brasileiras para os consumidores norte-americanos, mas, ao mesmo tempo, impulsionado as exportações para outros mercados parceiros. De modo geral, os dados da balança comercial demonstram que esse aumento tarifário, no curto prazo, não prejudicou as exportações brasileiras como um todo. Essa conclusão consta no relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Ao analisar os principais produtos exportados pelo Brasil, observa-se uma redução nas vendas para os Estados Unidos, mas crescimento para outros mercados internacionais.

“Os números continuam mostrando que o impacto do aumento tarifário no curto prazo não comprometeu as exportações brasileiras totais. Entre agosto e outubro, as exportações totais do Brasil cresceram 6,4%, enquanto as destinadas aos Estados Unidos recuaram 24,9%. No entanto, isso não significa que o mercado americano deixe de ser importante para o Brasil e para o mundo. Além disso, à medida que os Estados Unidos firmam novos acordos comerciais, as vantagens brasileiras em outros mercados tendem a diminuir”, comentou o relatório do Icomex.

Em outubro de 2025, as exportações brasileiras subiram 9,1% em valor comparado a outubro de 2024. Em volume, houve avanço de 11,3% no mesmo período. As importações caíram 0,8% em valor em outubro de 2025 ante outubro de 2024, e recuaram 2,5% em volume. No acumulado de janeiro a outubro, o volume exportado foi 4,3% maior que no mesmo período do ano anterior, enquanto as importações cresceram 8,0%.

A balança comercial do Brasil apresentou superávit de US$ 7,0 bilhões em outubro, totalizando um superávit acumulado de US$ 52,4 bilhões até outubro, valor US$ 10,4 bilhões menor do que no mesmo período de 2024.

“A diminuição do saldo comercial acumulado até outubro está ligada à redução do superávit com a China, que caiu de US$ 30,4 bilhões em 2024 para US$ 24,9 bilhões em 2025, uma diferença de US$ 5,5 bilhões. Houve também um aumento do déficit com os Estados Unidos, que passou de US$ 1,4 bilhão para US$ 6,8 bilhões. Por outro lado, na Argentina, o déficit de US$ 4,7 bilhões virou superávit de US$ 5,1 bilhões, um ganho de US$ 9,8 bilhões, que não compensou completamente as perdas com os Estados Unidos e a China, somando US$ 10,9 bilhões”, explicou o Icomex.

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