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União mantém rodízio na Câmara após apoios a Teixeira
A Executiva Municipal do União Brasil decidiu manter o acordo firmado em dezembro de 2024 entre seus vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, que determina um rodízio para a indicação do candidato à presidência da Casa.
O partido realizará uma nova reunião em 2 de dezembro para definir seu candidato, com tendência a indicar Silvão Leite, vereador de primeiro mandato e protegido político do ex-vereador e ex-presidente Milton Leite, líder do União em São Paulo.
A eleição para a presidência da Câmara em 2026, marcada para 15 de dezembro, está marcada por uma divisão entre o grupo de Milton Leite e a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que apoia a reeleição do atual presidente, Ricardo Teixeira, por mais um ano.
Embora Teixeira seja do União, ele é visto como mais alinhado ao governo do que ao partido. Seu apoio para reeleição conta com o suporte de Nunes.
Na reunião do União Brasil, o presidente da Câmara e a vereadora Amanda Vettorazzo estiveram ausentes, ambos justificando motivos médicos, de acordo com Milton Leite.
A base governista, liderada pelo vereador João Jorge (MDB), vice-presidente da Câmara, conseguiu 31 assinaturas para apoiar a reeleição de Teixeira, além de compromissos para mais 10 votos, incluindo os oito do PT. São necessários 28 votos para eleger o presidente já em primeiro turno.
Milton Leite chamou a articulação dos aliados do prefeito de “barulho”, ressaltando que o problema é interno ao União e não com Ricardo Nunes. Ele afirmou que Teixeira havia prometido respeitar o acordo do partido e que nunca declarou ser candidato contrário à decisão interna.
O partido aguardará a posição de Teixeira na reunião de 2 de dezembro para decidir o impasse. A definição sobre o candidato do União será nessa data, mas há preferência por Silvão, embora haja obstáculos para sua indicação.
Contexto e Conflitos
Milton Leite baseia seu argumento em um acordo firmado com Ricardo Nunes no ano passado, que garantiria a presidência da Câmara ao União durante o mandato. No entanto, a bancada do União defende que este rodízio deve ser cumprido, indicando Silvão.
João Jorge afirmou que os votos em apoio a Teixeira vêm de 10 partidos e que a base governista seguirá buscando apoio para a reeleição.
Enquanto isso, lideranças da base do prefeito contestam o acordo com o União, e MDB e PL trabalham para reeleger Teixeira e assumir a presidência em 2027.
Milton Leite garantiu que o União não abrirá mão do rodízio e espera que Teixeira apoie Silvão conforme o documento firmado.
Alterações no Regimento e Implicações
Em junho, a base governista aprovou uma mudança no regimento que limita a reeleição para mais um ano, retornando ao modelo anterior a 2022. Essa alteração é interpretada como uma forma de reduzir a influência de Milton Leite na Câmara.
Essa mudança favorece a reeleição de Teixeira para completar dois anos de mandato, contemplando o apoio do governo.
Outro fator importante é a possibilidade de Ricardo Nunes deixar a prefeitura em 2026 para disputar o governo do Estado, o que tornaria o presidente da Câmara o segundo na linha sucessória do Executivo municipal, reforçando a importância da indicação de alguém de confiança na presidência.
Aliados de Milton Leite argumentam que boicotar seus planos pode prejudicar o apoio do União a uma possível candidatura de Nunes em 2026, considerando que a federação entre União Brasil e PP aumentaria o controle do partido na Câmara.

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