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CPI do crime organizado vai ouvir governadores em dezembro

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A CPI do Crime Organizado no Senado começará a ouvir governadores e secretários de Segurança Pública na primeira semana de dezembro, conforme anunciou o presidente do colegiado, Fabiano Contarato (PT-ES), nesta quarta-feira, 19.

Foram convidados 22 representantes de 11 estados, com pedidos aprovados por unanimidade no início dos trabalhos. A ordem das audiências será decidida por Contarato e pelo relator, Alessandro Vieira (MDB-SE), para aprofundar o entendimento sobre o crescimento das facções criminosas e como os estados estão agindo contra a violência.

A questão da segurança pública ganhou destaque após a grande operação feita no final de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes e reacendeu o debate nacional sobre o combate ao crime organizado. A criação da CPI ocorreu nesse contexto, com críticas à execução da operação e pressão por soluções estruturais.

Na terça-feira, 18, os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Ronaldo Caiado (União-GO) estiveram em Brasília para acompanhar a tramitação do projeto de lei denominado “PL Antifacção”.

Nas primeiras sessões, o colegiado já escutou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que afirmou que o crime organizado não deve ser tratado como terrorismo, e o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais.

Durante os depoimentos, foram discutidos temas como a superlotação carcerária e a falta de uniformidade entre os sistemas prisional estaduais. Contarato considerou inaceitável a existência de uma “justiça paralela” realizada por facções dentro das prisões, já que as ordens criminosas muitas vezes circulam mais rápido que as informações oficiais.

Entre os próximos convidados estão os governadores Clécio Luís (AP), Jerônimo Rodrigues (BA), Raquel Lyra (PE), Elmano de Freitas (CE), Paulo Dantas (AL), Jorginho Melo (SC), Ratinho Júnior (PR), Eduardo Leite (RS), Ibaneis Rocha (DF), Cláudio Castro (RJ) e Tarcísio de Freitas (SP), além de seus secretários de Segurança Pública. Segundo Contarato, a diversidade de métodos e estruturas entre os estados facilita a organização nacional das facções.

A CPI continuará ouvindo autoridades nas próximas semanas, com a expectativa de apresentar propostas para melhorar a coordenação entre os estados e enfrentar a expansão do crime organizado no Brasil.

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