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Proprietário de padaria preso por roubar energia e sonegar milhões

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A rede de padarias Sayonara, que está sendo investigada por deixar de pagar R$ 15 milhões em impostos, já foi alvo de outra ação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) junto com a Neoenergia Brasília, por furto de energia. Em agosto de 2022, Wanderson Freitas de Abreu Lima, um dos donos, foi preso em flagrante.

A Operação Massa Fresca tinha como objetivo combater o roubo de energia elétrica no Distrito Federal. Durante a ação, duas padarias e uma pizzaria no Gama foram flagradas com irregularidades na medição do consumo de energia.

Na padaria Sayonara na saída do Gama, a equipe percebeu que a chave de aferição estava ligada de um jeito errado, impossibilitando o relógio de marcar o consumo de energia.

Na outra loja, na DF-001, havia dois dispositivos instalados no medidor que abriam o circuito, impedindo o funcionamento do equipamento. Assim, o consumo não era registrado.

Segundo a PCDF, a energia recuperada nos três locais foi de 450 mil kWh, que equivale ao consumo de cerca de 2,5 mil residências por um mês.

Durante as fiscalizações, Wanderson se apresentou como o dono dos estabelecimentos e foi preso por agentes da 20ª Delegacia de Polícia (Gama) por furto qualificado.

Após audiência de custódia, ele teve liberdade provisória concedida pela Justiça do DF. Em 2023, foi beneficiado por um acordo de não persecução penal, onde se comprometeu a não cometer crimes e pagar uma indenização de R$ 7.560. A decisão final foi em agosto de 2023.

Sonegação de R$ 15 milhões

A PCDF iniciou, em 19 de novembro, a Operação Bethlehem, que revelou uma grande fraude fiscal envolvendo donos de padarias e farmácias no DF. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor) investiga o grupo que não pagou R$ 15,5 milhões em impostos entre 2017 e 2022.

Os empresários criaram uma empresa falsa no nome de dois “laranjas” — um sobrinho e um funcionário do contador das empresas.

A empresa fantasma tinha máquinas de cartão usadas para registrar vendas que não apareciam nos balanços oficiais, reduzindo o faturamento e sonegando impostos.

Essa fraude beneficiava os donos da rede, que atua principalmente no Gama. A polícia cumpriu 10 mandados de busca em locais no Gama, Santa Maria, Ceilândia e Valparaíso de Goiás (GO).

A Justiça ordenou o bloqueio de bens e valores correspondentes à dívida, cerca de R$ 15,5 milhões, para compensar os cofres públicos e enfraquecer o grupo criminoso.

Os investigados podem ser processados por sonegação fiscal, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

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