Trump evoca pena de morte para democratas que incentivaram militares à desobediência

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou nesta quinta-feira (20) a possibilidade da pena de morte para seis congressistas democratas que encorajaram os militares a não seguirem “ordens ilegais” do governo.

“Isso é extremamente prejudicial e perigoso para nosso país. As palavras deles não podem ser aceitas. CONDUTA SEDICIOSA DE TRAIDORES!!! PRISÕES???”, declarou Trump em sua rede Truth Social.

Em outra postagem, ele afirmou: “CONDUTA SEDICIOSA, punível com a PENA DE MORTE!”.

Um grupo de senadores e representantes democratas — muitos com experiência militar ou em inteligência — publicou um vídeo na terça-feira no X, alertando que “esta administração está direcionando nossos militares e agentes de inteligência contra os cidadãos americanos”.

“Atualmente, as ameaças à nossa Constituição vêm não apenas do exterior, mas também internamente, do nosso próprio país”, disseram, acrescentando: “É possível desobedecer ordens ilegais”.

O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, criticou duramente esse vídeo na quarta-feira no X, classificando-o como um apelo aos militares para desobedecerem ao comandante-chefe.

Entre os congressistas democratas mencionados estão os senadores Mark Kelly, ex-membro da Marinha dos Estados Unidos e astronauta da NASA, além de Elissa Slotkin, que trabalhou para a CIA no Iraque.

O governo de Trump tem enfrentado críticas pelo uso das forças armadas tanto em território nacional quanto internacional.

O presidente republicano determinou o envio de militares da Guarda Nacional para diversas cidades americanas, muitas vezes contra a vontade das autoridades locais, justificando a ação para tentar conter supostos distúrbios generalizados. Essas ordens foram contestadas judicialmente.

No âmbito internacional, ele iniciou operações contra supostos traficantes de drogas no Caribe e no Pacífico oriental, resultando em mais de 80 mortes desde o início de setembro.

Especialistas afirmam que esses ataques são ilegais e equivalem a execuções sumárias, mesmo contra traficantes de drogas conhecidos.