Centro-Oeste
Homem pede desculpas após atropelar pedestre na faixa
Wevérton Pereira de Mâcedo, motociclista de 39 anos, envolvido no atropelamento de Valmir Santos Sena, 72 anos, enquanto este atravessava a faixa de pedestres em Ceilândia (DF), pediu desculpas à família da vítima. Valmir estava levando um brinquedo para seu neto no momento do acidente.
Em um pedido emocionado, Wevérton afirmou: “Eu não sou criminoso e não saio para machucar ninguém. Peço desculpas sinceras aos familiares. Estou profundamente abalado e disposto a pedir desculpas quantas vezes for necessário para aliviar a dor que sinto.”
De acordo com ele, no instante do acidente, observou vários veículos parados na faixa, mas ao perceber um carro acelerar, acelerou sua motocicleta para 60 km/h, acreditando que ninguém mais estava atravessando. A vítima estaria em um ponto cego.
Após o atropelamento, que ocorreu no sábado (15/11), Wevérton disse que ficou abalado e assustado com a aproximação de populares, motivo pelo qual deixou o local de moto. Ele explicou que perdeu seu celular no acidente e que um homem que se apresentou como bombeiro militar acionou o socorro, informando que o idoso estava morto, informação posteriormente desmentida, o que o deixou ainda mais abalado.
Na segunda-feira (17/11), ele foi preso pela Polícia Militar e levado à Polícia Civil do Distrito Federal, onde prestou depoimento afirmando ter fugido por medo e foi liberado em seguida. Wevérton declarou que pretendia se apresentar apenas após três dias, temendo ser enquadrado em flagrante, e solicitou acompanhamento policial para ir à delegacia por receio de represálias. A motocicleta envolvida foi entregue às autoridades no dia 19/11.
Valmir, a vítima, estava a caminho da casa de sua irmã quando foi atropelado, tendo o brinquedo destinado ao neto caído na faixa de pedestres. Seu funeral ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga.
A Polícia Civil tratou o caso como homicídio culposo, pois não houve intenção de matar, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. A 24ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito para investigar o acidente. Wevérton não possuía mandado de prisão em aberto no momento do ocorrido.
Investigações revelaram que Wevérton possui antecedentes, incluindo prisão por tráfico de drogas e por dirigir embriagado. Em junho de 2019, foi preso por manobras perigosas e recusa ao teste do bafômetro, cumprindo pena e tendo a suspensão da CNH determinada pela justiça. Dois anos depois, foi novamente investigado por suspeita de tráfico e resistência à polícia.
Atualmente, Wevérton cumpre prisão domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica.

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