Moraes afirma que vigília queria reavivar acampamentos do 8 de janeiro e menciona Flávio e Eduardo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou que o grupo criminoso condenado por planejar um golpe de Estado em 2022 buscava “reviver” os acampamentos ilegais que resultaram nos atos golpistas de 8 de janeiro por meio da vigília organizada em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essa informação está presente na decisão que ordenou a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo. No documento, Moraes faz advertências e menciona diretamente dois filhos do ex-presidente: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Primeiro, um dos filhos do líder da organização criminosa, Eduardo Bolsonaro, age de forma criminosa e traiçoeira contra o país, chegando até a renunciar seu mandato parlamentar. Em seguida, o outro filho do líder da organização criminosa, Flávio Bolsonaro, desrespeitando a Justiça, planeja reestabelecer acampamentos golpistas e fomentar o caos social no Brasil, negligenciando sua responsabilidade como Senador da República”, afirmou o ministro.

De acordo com Moraes, o vídeo publicado por Flávio Bolsonaro “promove o desrespeito à Constituição, evidenciando que o grupo criminoso não reconhece limites em sua tentativa de gerar desordem social e conflitos no país, em total oposição à democracia”.

O ministro enfatizou que a democracia “alcançou um estágio de maturidade que permite afastar e responsabilizar ações ilegais que defendem essa organização criminosa responsável pela tentativa de golpe”.

Ao destacar o contínuo “desrespeito à Constituição, à Democracia e ao Judiciário por parte da organização criminosa”, Moraes também apontou que o grupo planejou a fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente nos Estados Unidos, cuja prisão preventiva também foi decretada.