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Mais de 300 pessoas são levadas de escola na Nigéria
Mais de trezentas crianças e funcionários foram sequestrados de uma escola católica na Nigéria esta semana, em um dos maiores sequestros em massa registrados no país.
A Associação Cristã da Nigéria (CAN) informou, neste sábado (22), que o número de pessoas levadas da St Mary’s School, no Estado de Níger, na sexta-feira, foi elevado para 315, após uma revisão que revelou um maior número comparado à estimativa inicial de 227.
De acordo com a associação, 303 alunos e 12 professores foram capturados, incluindo 88 estudantes que foram sequestrados ao tentarem escapar.
Ataques recentes
Este sequestro ocorre no contexto de uma série de ataques por grupos armados e insurgentes islâmicos na Nigéria, que passou a receber mais atenção desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou uma intervenção militar devido ao tratamento dado às comunidades cristãs.
O número de pessoas sequestradas nesta escola ultrapassa o sequestro em 2014, quando militantes do Boko Haram capturaram 276 meninas em Chibok.
O governo do Estado de Níger afirmou que a escola desconsiderou uma orientação para fechar os internatos, baseada em informações de inteligência sobre risco de ataques.
No entanto, o reverendo Bulus Dauwa Yohanna, presidente da Associação Cristã da Nigéria no Níger, declarou que não havia recebido nenhum aviso sobre possíveis ataques após visitar a escola na noite da sexta-feira.
Ele afirmou: “Estamos trabalhando com o governo e agências de segurança para garantir o resgate e a segurança das crianças sequestradas”.
Em resposta aos perigos, o governo central determinou o fechamento de quase 50 faculdades federais, além do fechamento de escolas públicas em alguns estados.
Outros sequestros da semana
O sequestro em massa de sexta-feira foi o terceiro incidente similar na Nigéria nesta semana. Na segunda-feira, 25 alunas foram sequestradas de um colégio no estado de Kebbi, e na quarta-feira homens armados levaram 38 fiéis de uma igreja no Estado de Kwara.
Uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA afirmou que os Estados Unidos consideram medidas como sanções e assistência militar para pressionar o governo nigeriano a melhorar a proteção das comunidades cristãs e garantir a liberdade religiosa.
Por sua vez, a Nigéria defende que as alegações de perseguição contra cristãos não refletem a complexidade da situação de segurança e não reconhecem as ações do governo para proteger a liberdade religiosa no país.

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