Trump quer prisão para democratas que incentivaram desobediência militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite de sábado (22) que seis legisladores democratas que incentivaram publicamente oficiais a recusarem ‘ordens ilegais’ deveriam estar presos.

‘Os traidores que orientaram o exército a não cumprir minhas ordens deveriam estar presos agora mesmo, e não tentando justificar suas ações em canais de notícias falsas’, escreveu o mandatário em suas redes sociais.

Trump classificou a atitude dos democratas como um caso de ‘sedição grave’ e declarou que não há outra forma de interpretar o que foi dito.

Seis legisladores do partido Democrata, membros tanto da Câmara dos Representantes quanto do Senado, que possuem experiência militar ou em serviços secretos, divulgaram um vídeo na terça-feira afirmando que militares têm o direito de recusar ordens ilegais.

Para os democratas, esta administração estaria colocando os militares e agentes de inteligência contra o povo americano.

Entre os parlamentares que fizeram o apelo estão o senador Mark Kelly, ex-piloto da Marinha e astronauta da NASA, e a senadora Elissa Slotkin, que atuou na CIA durante a guerra no Iraque.

Em outra mensagem anterior, o líder republicano acusou os congressistas de praticar ‘conduta sediciosa, passível da mais severa punição’.

O Partido Democrata expressou choque com as declarações de Trump, qualificando-as de inaceitáveis.

Embora os democratas não tenham especificado as ordens mencionadas, Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, enfrentam críticas por envolverem as Forças Armadas em questões internas.

Internamente, o governo republicano tentou enviar a Guarda Nacional para diversas cidades como Washington e Los Angeles, frequentemente contra a vontade das autoridades locais, alegando o controle de supostos distúrbios.

No cenário internacional, Trump ordenou ações contra embarcações usadas por traficantes de drogas no Mar do Caribe e no Pacífico, resultando em 83 mortes desde o início de setembro.