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Voos para Venezuela cancelados por companhias aéreas após alerta dos EUA
Seis companhias aéreas suspenderam, desde o último sábado (22), suas rotas para a Venezuela, após um aviso dos Estados Unidos sobre um “aumento das operações militares” devido à presença de tropas americanas no Caribe.
As empresas Iberia (Espanha), TAP (Portugal), Avianca (Colômbia), GOL (Brasil) e Latam (Chile) anunciaram o cancelamento de seus voos, conforme comunicado das associações de companhias aéreas (Alav) e de agências de viagens (Avavit).
A Alav havia mencionado a Caribbean Airlines, porém a companhia de Trinidad e Tobago cessou suas operações no país em setembro. Já a Turkish Airlines comunicou hoje a suspensão dos voos entre os dias 24 e 28.
Os Estados Unidos devem anunciar amanhã a designação como organização terrorista de um suposto cartel de drogas liderado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Washington deslocou para o Caribe o maior porta-aviões do mundo, acompanhado por uma frota naval e aeronaves de combate, para realizar operações antidrogas, ato que Maduro classificou como “uma ameaça” para tentar removê-lo do poder.
A Administração Federal de Aviação (FAA) orientou recentemente as aeronaves que transitam pelo espaço aéreo venezuelano a redobrar os cuidados, devido ao “piora da situação de segurança e incremento da atividade militar na Venezuela e arredores”.
Desde setembro, as forças americanas abateram mais de 20 embarcações suspeitas de envolvimento com narcotráfico no Mar do Caribe e na costa do Pacífico, resultando na morte de 83 pessoas.
“A Turkish Airlines foi clara. Quanto às outras companhias, não recebemos avisos específicos sobre as datas”, declarou à AFP a presidente da Avavit, Vicky Herrera.
Companhias como Copa, Air Europa, PlusUltra e Wingo não se posicionaram sobre seus voos, enquanto as venezuelanas Láser, Avior e Estelar afirmaram que continuam operando normalmente.

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