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Economia

Banco Central deve agir com técnica, sem se deixar levar por barulho da mídia

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Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), enfatizou durante um encontro com banqueiros, nesta segunda-feira, 24, que a instituição deve atuar com rigor técnico e não deve se deixar influenciar pelas pressões populares, especialmente em relação às críticas sobre juros elevados.

Segundo Galípolo, é fundamental que o BC mantenha sua atuação estável, sem responder a movimentos midiáticos ou mobilizações, focando em sua missão principal de manter a inflação dentro das metas estabelecidas.

Ele destacou que a instituição deve seguir critérios técnicos e agir com transparência para a sociedade, ressaltando que o Banco Central está atento aos dados econômicos e comprometido com o controle da inflação.

O presidente do BC comentou também os desafios enfrentados ao longo do ano, incluindo questionamentos sobre a eficácia da política monetária e a estabilidade financeira, e ressaltou que todas as ações foram cumpridas conforme as normas legais vigentes. Fez questão de elogiar o diretor de Fiscalização, Ailton Aquino, pelo excelente trabalho.

Pressão e crítica

Galípolo afirmou que quem trabalha no BC precisa estar preparado para lidar com críticas, inclusive do governo, sobre o aumento das taxas de juros. Ele afirmou que pressões são normais e fazem parte do papel da instituição atuar em meio a diferentes opiniões e interesses.

O presidente ressaltou ainda que o debate sobre a política monetária é saudável e democrático, e que o governo tem direito de expressar seu ponto de vista. Para ele, é esperado que, ao final de ciclos de alta dos juros, surjam especulações sobre possíveis reduções futuras e que isso gere descontentamentos, independentemente das decisões tomadas.

Última linha de defesa

Ele usou a metáfora do BC como o “último zagueiro”, responsável por garantir a estabilidade econômica, e alertou que a instituição acabará sendo criticada tanto por aqueles que desejam juros mais altos quanto por aqueles que defendem juros menores, independentemente do momento das decisões.

Diminuição dos riscos

Galípolo observou que os riscos extremos relacionados à economia diminuíram significativamente ao longo do ano, após o Banco Central enfrentar vários desafios para manter a inflação dentro do centro da meta de 3%.

Ele relembrou que em 2025 o mercado duvidava se a política monetária seria eficaz, mas que, com uma economia mais resiliente do que o esperado, o BC conseguiu superar esses desafios centrais. Também destacou que o Banco Central enfrentou questões relativas à segurança, mas que conclui o ano com maior confiança sobre a eficácia da política monetária e a capacidade da instituição de agir diante de quaisquer riscos à estabilidade.

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