Centro-Oeste
Defesa afirma que suspeito da morte de Allany costumava brincar com arma
Duas testemunhas presentes no momento em que Allany Fernanda, de 13 anos, foi morta com um disparo de arma de fogo afirmaram que o tiro pode ter sido acidental. De acordo com a defesa do acusado, a arma disparou enquanto a vítima e o suspeito manuseavam o revólver de maneira lúdica.
Allany faleceu em 4 de novembro após ser atingida na cabeça no Sol Nascente, Distrito Federal. O principal suspeito, Carlos Eduardo Pessoa Tavares, de 20 anos, foi detido em flagrante.
“Testemunhas, incluindo uma amiga e o namorado de Allany, que estavam na cena, relataram que o disparo foi acidental. Eles mencionaram que Carlos Eduardo desconhecia que a arma estava carregada. Disseram que ele brincava com a vítima, algo que acontecia frequentemente entre eles, quando a arma disparou”, explicou o advogado Paulo Sérgio de Melo.
Inicialmente, Carlos Eduardo afirmou que duas pessoas usando capacetes invadiram o lote onde reside para assaltar e que um deles teria atirado em Allany. Contudo, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II) de Ceilândia refutou essa versão.
Em nova declaração, o jovem revelou outro relato. Na noite de 2 de novembro, ele foi a um bar em Ceilândia acompanhado da namorada e de Allany, do namorado dela, de 16 anos, e de uma amiga da vítima. Mais tarde, o grupo se dirigiu à kitnet de Carlos no Sol Nascente, onde a namorada dele não se juntou ao grupo.
Durante a madrugada, o grupo pediu sanduíches e pizza por delivery. Um momento após uma amiga de Allany levantar para pegar pizza, Carlos teria efetuado o disparo acidentalmente contra a adolescente.
Uma perícia preliminar identificou marcas de mordidas em Carlos no peito e braço, enquanto Allany apresentava marcas roxas no pescoço, sugestivas de possível luta corporal entre eles. Porém, o advogado defende que as lesões no pescoço da vítima foram causadas pelo namorado dela, pois Carlos conhecera Allany poucos dias antes e não teve envolvimento amoroso.
Na madrugada de 3 de novembro, a Polícia Militar foi acionada devido a um disparo no Sol Nascente e encontrou a jovem sendo atendida na ambulância. Além do ferimento no rosto, Allany apresentava sinais de estrangulamento.
A vítima foi hospitalizada em estado crítico, passando pelo Hospital Regional de Ceilândia e pela UTI do Hospital de Base. Familiares informaram que ela perdeu massa encefálica e recebia suporte respiratório. Na madrugada do dia 4, sua morte foi confirmada.
Segundo familiares, no sábado, 1º de novembro, a adolescente saiu de casa após mentir sobre seu destino. Na manhã da segunda-feira, uma amiga comunicou a uma tia que Allany havia sido atingida por um tiro.
Poucas horas depois, a Justiça confirmou a prisão de Carlos Eduardo Pessoa Tavares, apontado como principal suspeito do homicídio.


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