Economia
Governo negocia com Axia para usar novamente nome Eletrobras
O governo do presidente Lula está em conversas avançadas com a empresa Axia Energia para obter da companhia a cessão do nome Eletrobras para a União. A informação foi confirmada por fontes próximas às negociações que ocorrem no Ministério de Minas e Energia (MME).
Ainda não há uma decisão definitiva sobre como o nome Eletrobras será utilizado dentro do MME. Uma das alternativas seria aplicar a marca para renomear a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), criada em 2021, que é responsável pelos ativos da Eletrobras que não foram privatizados, como as participações nas empresas Itaipu Binacional e Eletronuclear.
Apesar de rumores no mercado sugerirem que haja uma recompra do nome, fontes do governo negam qualquer pagamento à Axia pela marca. Além disso, as negociações não incluem a compra de ativos além do nome.
O Ministério de Minas e Energia não confirmou nem negou as conversas, assim como a Axia não se pronunciou.
A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022 durante o governo de Bolsonaro. Recentemente, mais de três anos depois, a empresa anunciou sua mudança de nome para Axia.
Na época, a Axia afirmou que o nome, de origem grega, significa valor e também remete à ideia de eixo, que conecta, sustenta e gera movimento.
O presidente da companhia, Ivan Monteiro, destacou em uma carta ao mercado que essa alteração representa uma transformação profunda vivenciada pela empresa nos últimos três anos, refletindo seus desafios de negócio.
Ele acrescentou que a governança foi fortalecida, os investimentos ampliados, a estrutura reforçada, e a empresa se reposicionou para responder às mudanças do setor, como novas tecnologias, regulamentações e padrões de consumo.
A Axia possui uma capacidade instalada de 44,4 GW, equivalente a mais de um quinto da geração total de energia elétrica do Brasil. A empresa opera 82 parques geradores em 20 estados e no Distrito Federal, incluindo 47 hidrelétricas, como as usinas Belo Monte e Jirau, em Rondônia, e o Complexo de Paulo Afonso, na Bahia. Também possui 33 usinas eólicas e uma solar.


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