Economia
Nova associação reúne empresas de minerais críticos para acompanhar regulamentação do setor
O Brasil conta agora com uma entidade criada exclusivamente para tratar dos interesses relacionados às terras raras. A Associação de Minerais Críticos (AMC), formada por diversas empresas, visa unir os principais atores da cadeia produtiva de insumos como lítio, níquel, grafite, terras raras e cobre.
Marisa Cesar, presidente do conselho da AMC, destaca que a fundação da associação atende à demanda por uma coordenação técnica em um segmento que cresce de forma acelerada. “A Associação de Minerais Críticos foi idealizada para unir as empresas e posicionar o Brasil como um protagonista global, com foco em inovação, responsabilidade socioambiental e um ambiente regulatório seguro.”
A AMC pretende preencher lacunas na representação, com atenção especial às empresas em fase inicial, além de colaborar organizadamente na criação da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, que ainda está em desenvolvimento no país.
O vice-presidente do conselho da AMC, Marcelo Carvalho, ressalta que a associação funciona como complemento ao trabalho das entidades já consolidadas, como o Ibram.
A atuação da AMC será focada em três áreas principais: articulação institucional e regulatória, inteligência setorial para aumentar a competitividade e atração de investimentos. Entre os assuntos a serem abordados estão licenciamento, infraestrutura, logística, previsibilidade regulatória e mecanismos econômicos, como um fundo garantidor para a cadeia de minerais críticos.
O grupo fundador é composto por A Clara, Atlantic Nickel, Centaurus, Graphcoa, Graph+, Meteoric, PLS, Viridis e Lithium Ionic, com o apoio do escritório Frederico Bedran Advogados. Frederico Bedran, sócio do escritório e diretor executivo da AMC, reforça que a associação foi criada para englobar todo o setor.
“Todas as empresas e instituições que atuam ou investem em minerais críticos estão convidadas a participar. Nosso objetivo é formar um espaço de diálogo técnico estruturado que permita superar desafios históricos e criar um ambiente propício para investimentos”, destaca Bedran.

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