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EUA pressionam Ucrânia por acordo na guerra durante reunião em Genebra

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Estados Unidos fizeram pressão para que a Ucrânia aceite suas propostas para encerrar o conflito com a Rússia nas negociações realizadas em Genebra no último fim de semana, conforme revelou à AFP um alto funcionário. O plano foi criticado por favorecer demais Moscou.

Representantes da Ucrânia, EUA e países europeus se encontraram na Suíça para discutir uma proposta do então presidente americano Donald Trump para acabar com a guerra iniciada pela invasão russa em 2022.

Segundo uma fonte anônima informada sobre as conversas, os EUA não ameaçaram cortar diretamente a ajuda à Ucrânia em caso de rejeição, mas seus diplomatas indicaram que esta possibilidade existia. Embora a pressão tenha diminuído durante a reunião, há uma pressão geral contínua.

O plano inicial, com 28 tópicos, pedia que a Ucrânia ceda as regiões de Donetsk e Lugansk e reduza seu exército, demandas inaceitáveis para Kiev. A versão revisada do documento não foi divulgada, mas todas as partes concordaram que qualquer acordo deve respeitar a soberania ucraniana.

O Kremlin classificou os ajustes propostos pelos europeus como pouco construtivos. O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, mencionou que o novo plano europeu não lhes convém.

Volodimir Zelensky, presidente ucraniano, saudou os avanços diplomáticos, mas ressaltou que é um momento crítico e que é necessário mais esforço para alcançar uma paz verdadeira, reforçando a busca por compromissos que fortaleçam o país.

Na semana anterior, Zelensky alertou que a Ucrânia pode perder tanto sua dignidade quanto o apoio dos EUA como aliado.

Durante uma cúpula entre a União Europeia e a União Africana em Angola, o chanceler alemão Friedrich Merz declarou que a Rússia deve estar presente nas negociações para que haja progresso verdadeiro.

O prazo dado por Trump para que a Ucrânia respondesse ao plano, que inclui renúncia territorial e limitação do tamanho das forças armadas, foi questionado por Merz, que espera um processo prolongado.

A guerra continua enquanto as conversas avançam. Moscou reivindicou a tomada de mais áreas no sul da Ucrânia. Zelensky destaca que a questão territorial é delicada, afirmando que o presidente russo Putin deseja um reconhecimento legal do território ocupado.

Em Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, a ideia de ceder territórios é rejeitada com veemência pela população local, que lembra o sacrifício dos soldados ucranianos.

De Washington, Donald Trump expressou otimismo em relação a possíveis avanços nas negociações.

A delegação ucraniana disse que o novo esboço já contempla as principais demandas de seu país. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que houve progressos significativos e demonstrou confiança na obtenção de um acordo, reconhecendo que a Rússia tem voz no processo.

A Rússia mantém ocupação em vastas áreas do sul e leste da Ucrânia, incluindo a anexação da península da Crimeia, incorporada ao seu território em 2014, além de reivindicar outras regiões administrativas ucranianas.

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