Justiça mantém prisão de homem que matou e enterrou mulher no DF

A Justiça do Distrito Federal decidiu manter a prisão preventiva de Francisco Lucas do Vale Lima, um dos três acusados pelo assassinato cruel de Ingrid Michelli Ciqueira Pinheiro Barbosa, de 38 anos. A vítima, que estava em situação de rua, foi esfaqueada diversas vezes, teve seu corpo cortado em pedaços e enterrada próxima a um córrego no Areal, em 14 de agosto.

A defesa de Francisco Lucas do Vale Lima solicitou a revogação da prisão, argumentando que ele possui residência fixa, é pai de uma criança de sete anos e não oferece risco à instrução do processo. Entretanto, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se posicionou contra o pedido, destacando a ausência de novos fatos que justifiquem a soltura.

Atendendo à manifestação do MP, o juiz responsabilizado pelo caso manteve a prisão preventiva determinada em 15 de outubro, ressaltando que os argumentos da defesa não apresentaram novas informações relevantes para alterar a decisão inicial. O magistrado enfatizou a gravidade do crime, marcado pela violência extrema e pela ocultação do corpo da vítima.

Segundo a decisão, a forma brutal como o homicídio foi cometido e o impacto causado à comunidade local justificam a permanência da prisão para preservar a ordem pública. O juiz também destacou que aspectos pessoais favoráveis do réu, como residência fixa e paternidade, não são suficientes para garantir sua liberdade, especialmente considerando seu histórico criminal.

Além disso, a decisão cita o suposto envolvimento do réu em outras atividades ilícitas, como o tráfico de entorpecentes, o que reforça a avaliação do seu alto grau de periculosidade e a necessidade das medidas restritivas vigentes.

O crime também envolve outros dois acusados, Rafael Henrique Teixeira e Breno de Souza Catarino.

Morte brutal

Investigadores da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) receberam uma denúncia anônima relatando a morte e o sepultamento de uma mulher naquela região. As buscas tiveram início no dia 12 de agosto, e após dois dias, o corpo foi encontrado com o auxílio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Cena chocante: a vítima estava em uma cova rasa, enterrada em vários pedaços. Os criminosos cortaram as pernas na altura dos joelhos e os braços na altura dos cotovelos. A cabeça também apresentava sinais de decapitação.

Peritos constataram que o corpo foi dividido utilizando objetos cortantes como facão, cutelo ou machado. Próximo ao local do sepultamento, foi encontrada uma bolsa pendurada numa árvore que apresentava manchas de sangue.

O exame pericial indicou que a causa provável da morte foram as múltiplas perfurações de faca no tronco, tanto na frente quanto na parte de trás.

Os responsáveis podem ter cometido o assassinato em outra localidade, transportando os pedaços do corpo para enterrá-los próximo ao córrego.