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Concurso do Corpo de Bombeiros terá prova contínua de 10 horas

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Candidatos que prestarão o concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) no próximo domingo (30/11) para os cargos de oficiais e praças enfrentarão uma maratona de 10 horas de prova, considerando as duas etapas aplicadas durante a manhã e à tarde.

Os concorrentes têm expressado insatisfação com a distância entre os locais de prova e os horários designados, pois a maioria se preparou para realizar ambas as seleções no mesmo dia.

O Curso de Habilitação de Oficial (CHO), destinado a aspirantes para áreas específicas como medicina, direito, enfermagem, entre outras, e o Curso de Formação de Praça (CFP), para soldado combatente, são os cargos oferecidos no concurso. O problema é que as provas estão agendadas para ocorrer no mesmo dia.

Segundo o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional (Idecan), o CHO acontecerá no período da manhã, das 8h às 13h, e o CFP à tarde, das 14h às 19h. Essa proximidade nos horários tem causado apreensão entre os candidatos, além da preocupação com a distância dos locais de prova em relação às residências dos inscritos.

Uma enfermeira, de 26 anos, que preferiu manter anonimato, relatou ao Metrópoles que estuda para o concurso desde 2023 e estava preparada para realizar ambas as provas. Contudo, ao consultar o edital divulgado em 15 de agosto, percebeu que teria que desistir de uma das seleções, optando pelo CFP.

Residente de Santa Maria (DF), ela foi designada para realizar a prova matutina no Sol Nascente (DF) e a vespertina em Ceilândia (DF). Essa situação tornou-se inviável, já que dependeria de transporte público para cobrir os 38 quilômetros entre os locais, enfrentando também o trânsito durante horários de pico.

“É muito difícil realizar duas provas no mesmo dia indo de carro, imagina de ônibus em um domingo com horários de transporte reduzidos”, comentou.

A candidata destacou ainda ter sido prejudicada por ter se inscrito para dois cargos, com custos de inscrição de R$ 215 e R$ 140 respectivamente, e a necessidade de escolher entre um deles.

Entre a divulgação do edital e o presente momento, ela e outros candidatos fizeram denúncias ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), mas não receberam respostas satisfatórias.

Outro candidato, um estudante de 27 anos, que também solicitou anonimato, desistiu da prova do CHO, realizada pela manhã. Morador do P Sul (DF), ele optou pela prova do CFP devido ao número de vagas, criticou a organização da banca e considerou que o exame para formação de praças oferece mais segurança do que o de oficiais.

Ele relatou estar focado há quatro anos e preparado para ambas as provas, e disse que a situação impactou tanto financeiramente quanto psicologicamente: “Além da prova, sinto arrependimento pelo tempo de estudo perdido devido à desorganização e pelo dinheiro investido na minha preparação”, destacou.

Em resposta ao Metrópoles, o CBMDF informou que, conforme o Diário Oficial do Distrito Federal de junho de 2025, a definição das instalações, equipamentos, espaço físico e recursos humanos para aplicação das provas é responsabilidade da banca organizadora contratada.

A corporação destacou que segurança e assistência ao candidato são garantidas no contrato, que está sendo acompanhado pela instituição, e que as dificuldades mencionadas pelos candidatos foram encaminhadas para avaliação da banca Idecan, que estudará possíveis mudanças.

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