Lobista morto a tiros em São Paulo tinha histórico de corrupção

Luis Francisco Caselli, de 61 anos, trabalhava como comerciante e atuava como intermediário em contratos públicos, segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo. Na noite de segunda-feira (24/11), ele foi assassinado com disparos quando chegava em sua residência na Vila Formosa, zona leste da capital paulista.

Em 2017, Caselli enfrentou um processo judicial por suspeita de organização criminosa, corrupção passiva e exercício ilegal de função pública. O Ministério Público Federal (MPF) acusava-o de favorecer uma empresa em contrato com a Prefeitura de Paulínia, em um pedido envolvendo um delegado da Polícia Federal para evitar uma operação contra o prefeito da época. O processo foi arquivado pela Justiça Federal.

Imagens de uma câmera de segurança mostram a abordagem dos criminosos: ao chegar próximo a um prédio na Rua Luís dos Santos Cabral, o veículo de Caselli foi encostado ao lado da janela do motorista, onde o passageiro efetuou três tiros a queima-roupa em cerca de dez segundos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os autores fugiram sem roubar nada. A vítima foi levada ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde faleceu devido aos ferimentos.

O celular e um rastreador do carro da vítima foram recolhidos pela polícia. O caso está registrado como homicídio no 30º Distrito Policial (Tatuapé).