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Carlos Bolsonaro fala sobre o sofrimento do pai após prisão preventiva

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Carlos Bolsonaro, ex-vereador do Rio, declarou nesta terça-feira que o pai, Jair Bolsonaro, está profundamente abalado emocionalmente devido à prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Carlos e seu irmão Flávio visitaram o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal.

Segundo Carlos, as visitas são cronometradas e cada uma dura 30 minutos. “Ele está muito sensível e psicologicamente destruído”, afirmou. “Existem movimentos externos que podem alterar toda essa situação.”

A autorização para as visitas foi concedida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A decisão permite que cada filho visite o pai separadamente por até 30 minutos. Na quinta-feira, outro filho, o vereador Jair Renan, também deverá fazer uma visita, após pedir autorização ao Supremo.

Após a visita, Carlos ressaltou o momento difícil que o pai enfrenta, destacando que ele está com a saúde fragilizada, comendo pouco e emocionalmente abalado. “Estamos aqui para apoiá-lo e evitar que desista”, disse. Jair Bolsonaro demonstrou choro, expressando sua inconformidade com a detenção e afirmou que se trata de uma grande injustiça.

O senador Flávio Bolsonaro relatou que o pai teve uma crise de soluço entre ontem e hoje, que exigiu assistência de um agente, mas melhorou após medicação. “Estou preocupado porque o soluço pode levar a uma broncoaspiração, o que pode causar uma infecção pulmonar e ser fatal”, comentou em entrevista próxima ao local de detenção.

Após uma reunião da família e do partido PL, da qual participaram Flávio, Michelle Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Jair Renan, o advogado Paulo Bueno e parlamentares alinhados ao núcleo ideológico do partido, foi decidido que Flávio será o porta-voz das manifestações públicas referentes à situação.

O STF manteve por unanimidade a prisão preventiva, com base na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou que o ex-presidente ter danificado dolosamente a tornozeleira eletrônica usada para monitoramento domiciliar. A defesa alegava que o ato se deu por confusão mental causada por medicamentos, argumento rejeitado pelo ministro.

Jair Bolsonaro está em uma sala especial na Superintendência da PF, com cerca de 12 metros quadrados, cama de solteiro, ar-condicionado, frigobar, banheiro privativo e televisão. O local foi preparado recentemente para garantir condições adequadas à sua detenção.

Esse espaço lembra a sala usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua detenção na Superintendência da PF em Curitiba, quando cumpria pena por corrupção, posteriormente anulada pelo STF. A legislação brasileira prevê que autoridades com prerrogativa de função tenham direito a acomodação digna para resguardar sua integridade física.

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe após as eleições de 2022 e cumpria prisão domiciliar desde agosto até a decretação da prisão preventiva.

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