Economia
BC mantém foco em meta de inflação de 3,0% apesar das críticas
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), afirmou que a instituição segue a orientação legal de trabalhar para alcançar a meta de inflação de 3,0%, mesmo com críticas ao atual nível elevado das taxas de juros. A meta é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que conta com a participação do governo e do BC.
A taxa Selic está atualmente em 15% ao ano, o maior valor desde 2006.
Galípolo ressaltou que o BC respeita as instituições e atua de acordo com as determinações legais, utilizando a taxa de juros como ferramenta principal para controlar a inflação.
Ele destacou que, embora os juros no Brasil estejam acima da média de outros países emergentes, o BC não tem mandato para igualar essa mediana, mas sim para buscar a meta oficial de 3,0%.
A meta de inflação permite uma variação entre 1,5% a 4,5% para acomodar choques econômicos. Representantes do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionam a sustentabilidade da alta taxa de juros frente à inflação atualmente em 4,5%.
Galípolo explicou que o objetivo é manter a inflação dentro da meta em todo o ano, porém reconheceu que nos últimos meses essa meta tem sido ultrapassada, ultrapassando a banda superior permitida.
Ele reforçou que a meta formal é de 3%, e que a tolerância até 4,5% serve apenas como limite para oscilações temporárias.
Ainda, o presidente do BC prevê que a meta poderá não ser cumprida durante seu mandato, baseando-se nas projeções do mercado financeiro e de empresas do setor produtivo.

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