Onde Bolsonaro pode cumprir sua pena após fim do processo?

Com o encerramento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir onde ele cumprirá a pena de 27 anos e três meses de prisão.

Atualmente, Bolsonaro está na Superintendência da Polícia Federal (PF), após a prisão preventiva ser decretada. Antes disso, ele cumpria prisão domiciliar em um condomínio no Jardim Botânico, Brasília.

Quais são as opções para a prisão de Bolsonaro?

Existem quatro possibilidades em discussão: manter a prisão na Superintendência da PF; transferi-lo para uma ala especial na penitenciária da Papuda, conhecida como Papudinha; ou mantê-lo no Comando Militar do Planalto.

Cela especial ou penitenciária?

Alguns membros do STF e do governo consideram improvável que Bolsonaro seja preso em quartel, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto atualmente.

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, evita comentar, mas já sugeriu que a presença do ex-presidente em um quartel poderia causar complicações e expressou sua desaprovação à ideia.

Segundo avaliações internas, colocar Bolsonaro em um cárcere militar seria misturar política com o ambiente militar, algo que o general tenta evitar desde o início de sua gestão. Além disso, há preocupação de que isso leve à formação de acampamentos em áreas militares.

Fontes indicam que Bolsonaro expressou preocupação a aliados sobre ser levado para a Papuda, mas seus apoiadores tentam tranquilizá-lo, considerando que provavelmente ele continuará na superintendência da PF.

Uma cela foi preparada para ele durante o julgamento da Primeira Turma do STF.

Possibilidade de prisão domiciliar

A permanência em prisão domiciliar por razões humanitárias ainda é considerada. Isso porque Bolsonaro, com 70 anos, possui problemas de saúde frequentes. Desde que foi esfaqueado em 2018, ele passou por pelo menos sete cirurgias no abdômen.

Depois da análise dos recursos, o relator Alexandre de Moraes vai decidir se Bolsonaro continuará em prisão domiciliar ou será transferido para outra unidade.