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Heleno e Paulo Sérgio terão quartos com cama, escrivaninha e cadeira; veja detalhes da prisão
Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, condenados no julgamento da trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cumprirão suas penas em espaços especiais no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Esses locais estão sendo preparados com cama, escrivaninha, cadeira e banheiro. Havendo autorização da corte, poderão ser instalados televisão e frigobar.
Fontes militares indicam que esses espaços se assemelham às salas na superintendência da Polícia Federal em Brasília onde está preso preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive em tamanho.
O comandante do Exército, Tomás Paiva, costuma visitar oficiais detidos em dependências do Exército e pretende visitar pessoalmente os generais na primeira oportunidade.
Os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos e levados ao Comando Militar do Planalto nesta terça-feira, ficando em pequenos quartos equipados com o mobiliário mencionado, podendo incluir televisão e frigobar conforme decisão do STF.
Essa instalação fica numa zona militar de Brasília próxima da Praça dos Cristais e do Quartel-General do Exército, áreas que tiveram o acesso restrito e a segurança reforçada.
Investigação aponta que Heleno e Paulo Sérgio participaram de um plano para reverter resultados eleitorais e promover uma ruptura institucional no país.
Eles se juntam ao general da reserva Walter Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro de 2024, localizado na 1ª Divisão do Exército na Vila Militar, Zona Oeste.
Braga Netto, condenado a 26 anos, foi destacado como o principal articulador do movimento golpista, mediando entre a política do ex-presidente e setores militares favoráveis à intervenção, coordenando ações que tentaram dar aparência legal a medidas inconstitucionais.
Outros envolvidos incluem o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, preso em duas ocasiões e que firmou acordo de delação premiada, e o general da reserva Mario Fernandes, responsável por um plano de assassinato de autoridades, também preso preventivamente.
Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recebeu pena de 19 anos, por sua atuação em reuniões para tentar justificar medidas excepcionais infundadas durante o processo eleitoral.
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, foi condenado a 19 anos por utilizar a estrutura do ministério para legitimar, tecnicamente, alegações falsas sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, propagando desinformação que fomentou a mobilização golpista.
Com essas prisões, o número de oficiais de alta patente detidos por envolvimento na trama alcança seu maior patamar desde o início das investigações, com monitoramento atento das Forças Armadas embora a ativa insista que não haverá contestação das decisões judiciais.
Em 18 de abril, mais oito militares do grupo das Forças Especiais, apelidados de “kids pretos”, foram condenados por participação no núcleo três da trama, três deles já presos preventivamente.
Dentre as acusações contra esse grupo está um plano de sequestro do ministro Alexandre de Moraes, que foi cancelado antes de ser colocado em execução, e pressão para adesão das Forças Armadas ao plano golpista, incluindo a divulgação de carta escrita por oficiais da ativa.
Segundo suas declarações, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes não apoiou o plano golpista, impedindo sua continuidade. Ainda não há previsão para início do cumprimento das penas dos militares do núcleo três.

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