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Falta de material afeta atendimento no Hospital de Base de Brasília
Atendimentos no Hospital de Base do Distrito Federal estão comprometidos pela falta de medicamentos e de materiais como gaze e curativos, além de falhas na estrutura do prédio. Uma lista feita no último dia 18 e divulgada mostra que 36 remédios estavam em falta na farmácia do centro médico.
Um técnico de enfermagem do hospital que prefere não ser identificado afirma que os funcionários precisam improvisar para atender os pacientes em tratamento intensivo, pois os equipamentos do setor também estão em falta.
“A gente acaba tendo que gastar materiais mais caros, né. É mais oneroso. As compressas são maiores, aí você tem que cortar, o curativo acaba sendo uma coisa inadequada”, afirma.
A Secretaria de Saúde afirma que os medicamentos em falta estão sendo comprados. As dívidas com os fornecedores serão quitadas até a próxima sexta-feira (28), segundo a pasta.
Imagens feitas no interior do Hospital de Base mostram a escassez de materiais e as falhas na estrutura do prédio. Gavetas com etiquetas de “pacotes de curativos”, “gazes” e “filme transparente” estão vazias. Na UTI cardíaca, quatro dos oito leitos foram fechados porque as equipes não receberam suprimentos para tratar os pacientes.
Nas imagens, também é possível ver uma sala com respiradores, máquinas de hemodiálise e monitores cardíacos parados – alguns com mensagens que indicam necessidade de reparos. No setor de traumas também há leitos de UTI vazios, e uma vaga interditada por causa de goteiras.
Sem prazo
O aposentado Ronaldo Miranda, 56 anos, deu entrada no Hospital de Base no dia 10 de novembro com fratura tripla no ombro e no braço, causada por uma queda. Após duas semanas de internação, ele foi liberado na terça-feira (25) sem fazer a cirurgia para reparação.
“Falaram que era mais viável vir embora do que ficar lá, porque a cirurgia ia demorar demais. O comentário é que faltava pino”, diz, fazendo referência aos pinos ortopédicos que precisariam ser implantados.
Verba de emergência
Na segunda (24), a Secretaria de Saúde informou que faria um repasse de R$ 100 mil ao Hospital de Base para que a instituição possa fazer compras de materiais básicos para cirurgias.
A medida foi anunciada depois de médicos do hospital suspenderem procedimentos agendados alegando falta de de insumos, como compressas, gaze, analgésicos e remédios para enjoo. A expectativa era de que o atendimento no hospital fosse normalizado até a terça-feira (27).
Fonte: G1
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