União Brasil avança e solicita expulsão do ministro Celso Sabino

O Conselho de Ética do União Brasil decidiu, nesta terça-feira, solicitar a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, da legenda, do deputado licenciado pelo partido no Pará. O pedido ainda precisa ser avaliado pela Executiva Nacional da sigla, que não definiu a data da reunião.

O partido informou que a decisão será oficializada até o dia 8 de dezembro. Sabino já tinha sido sancionado com a perda do comando do diretório do União do Pará e proibido de ocupar cargos em nome do partido.

Em setembro, o União Brasil deu um ultimato e acelerou o processo de retirada da Esplanada dos Ministérios. Embora Sabino tenha declarado que notificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre sua demissão, ele acabou recuando e permaneceu no cargo.

Por conta disso, membros do União passaram a considerar que o ministério do Turismo não será substituído e mantiveram o processo disciplinar contra o ministro dentro do partido.

Apesar da pressão da sigla, o ministério é visto como estratégico por alguns parlamentares interessados em direcionar emendas para suas bases eleitorais.

Uma regra interna do União Brasil prevê punição para os membros que não pedirem exoneração de seus cargos.

A decisão do União Brasil de se distanciar do governo veio logo após divulgação de notícias que vinculam Rueda ao crime organizado em São Paulo.

Segundo reportagens do UOL e do ICL, aeronaves ligadas a Rueda teriam sido utilizadas pelo PCC. O partido acredita que houve influência do governo em vazamentos de operações da Polícia Federal (PF) que têm Rueda como alvo.

Rueda, por sua vez, negou a propriedade das aeronaves e repudiou com firmeza qualquer tentativa de associar seu nome a pessoas investigadas ou envolvidas em ilícitos.

Em nota oficial, o União demonstrou apoio ao presidente da legenda. Em outro episódio que evidenciou a relação complicada, em uma reunião ministerial realizada em agosto, o presidente Lula comentou que não tinha afinidade pessoal com Rueda.