Centro-Oeste
Medidas para mulher acusada de racismo em bar do Distrito Federal
A mulher de 47 anos que foi detida no domingo (23/11), acusada de praticar racismo e agredir um homem na saída do bar Birosca, no Conic, teve sua liberdade provisória autorizada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) no mesmo dia.
Conforme a decisão do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), Lyra Pascalle Salvador deverá obedecer às seguintes medidas cautelares: comparecer a todos os atos processuais; não deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias sem autorização da Justiça; e informar previamente qualquer mudança de endereço.
Além disso, Lyra está proibida de manter contato ou se aproximar da vítima a menos de 500 metros. O descumprimento dessas condições pode levar à prisão preventiva da investigada.
Durante a audiência, a juíza destacou que a ausência de antecedentes criminais de Lyra dispensou a necessidade da prisão preventiva. A magistrada caracterizou o episódio como um caso isolado e ressaltou que, apesar da gravidade da ofensa racial, a prisão preventiva não é adequada para antecipar julgamento ou condenação.
Ela ainda afirmou que as medidas cautelares são suficientes para garantir o andamento regular de um possível processo criminal contra a acusada.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram os envolvidos discutindo após saírem do bar. Em um trecho, uma pessoa que grava comenta que Lyra teria chamado a vítima de “preto safado”. Em outro momento, a vítima questiona os acusados: “Além de escória da humanidade, eu agora vendo drogas?”.
Lyra Pascalle Salvador, segundo os registros, alegou que iria para a Delegacia da Mulher por ter sido agredida fisicamente pelo homem. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) compareceu ao local e prendeu a mulher. Todos os envolvidos foram levados para a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) para prestar declarações.
Um outro homem, de 37 anos, que acompanhava Lyra, também foi levado à delegacia acusado de ofender um cliente do bar por causa da aparência e roupa da vítima.


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