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Walfrido Warde e Lincoln Gakiya lançam livro com ideias para combater máfias no Brasil
O jurista Walfrido Warde e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya apresentaram, na noite da última quarta-feira (26/11), em São Paulo, o livro “Segurança Pública: O Brasil livre das máfias”, que traz diversas sugestões para conter o crescimento do crime organizado no país.
Warde (na foto à direita) é advogado especialista em direito societário e empresarial, além de presidente do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). É autor de obras sobre corrupção e organizações criminosas.
Gakiya (na foto à esquerda) atua no Ministério Público de São Paulo há 34 anos e há 20 investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção paulista pela qual já foi ameaçado de morte.
Publicado pelo IREE e pela editora Contracorrente, o livro propõe várias medidas legislativas voltadas ao tema, além da criação de uma agência antimáfia. O lançamento, ocorrido num restaurante na zona oeste de São Paulo, contou com a presença de autoridades, como o procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa (foto ao centro).
“Desenvolvemos um conjunto de recomendações que queremos que sejam seriamente consideradas pelos governos e pelo Legislativo para se tornarem políticas públicas, pois acreditamos que isso pode contribuir efetivamente”, declarou Warde.
O advogado ressaltou que a entrada do crime organizado no mundo empresarial e financeiro pode transformar o Brasil em um narcoestado. Além disso, destacou que o avanço das facções criminosas é uma das maiores preocupações atuais dos brasileiros, segundo estudos recentes.
Agência antimáfia
A principal ideia do livro é a criação de uma agência antimáfia no Brasil, composta por membros da Receita Federal, das polícias e dos Ministérios Públicos, para coordenar ações conjuntas contra facções como o PCC, originário de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.
Lincoln Gakiya tem defendido legalmente a criação desse órgão e recentemente discutiu o tema no Congresso Nacional.
“Esta autoridade teria autonomia e independência, ser nomeada pelo presidente da República com mandato próprio, desvinculado do mandato presidencial, para evitar influências políticas. Esta Autoridade Nacional Antimáfia seria responsável por formar equipes especializadas para enfrentar esse novo tipo de criminalidade organizada em formato mafioso”, explicou o promotor.
Gakiya frisou que o Brasil ainda não é um narcoestado, mas alertou que a infiltração do crime organizado nos setores financeiro e político, se mantida, pode levar o país a essa condição.
Segurança Pública: O Brasil livre das máfias
Este livro, com 248 páginas, está disponível pela editora Contracorrente ao preço de R$ 35,00.

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