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Audiência de extradição de Zambelli na Itália é adiada
A Justiça na Itália decidiu adiar a audiência que analisaria o pedido para a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil. Inicialmente marcada para as 9h desta quinta-feira, 27 de outubro, a sessão foi remarcada para o dia 4 de dezembro, conforme informou a assessoria da parlamentar.
Zambelli encontra-se presa na Itália, para onde fugiu logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão em junho. Após sua fuga, o ministro Alexandre de Moraes solicitou que a Advocacia-Geral da União (AGU) tomasse as providências para sua extradição. A AGU representa o governo brasileiro no processo na Justiça italiana.
O caso está sob análise da Corte de Apelação de Roma. Qualquer decisão tomada poderá ser contestada tanto pela defesa de Zambelli quanto pelo Ministério Público italiano, que se manifestou a favor da extradição, com recurso possível à Corte de Cassação. A decisão final ficará a cargo do Ministério da Justiça da Itália, atualmente liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, chefe do partido de direita radical Fratelli d’Italia.
Zambelli foi condenada em duas ocasiões pelo STF. Na primeira, recebeu pena de dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou ter sido contratado para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. Foi após essa condenação que a deputada fugiu do país e foi detida na Itália, numa operação conjunta da Polícia Federal e autoridades locais.
Na segunda condenação, o STF fixou um regime inicial semiaberto com pena de cinco anos e três meses pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, além da perda do mandato após o trânsito em julgado.
Além do processo de extradição, Zambelli enfrenta um pedido para cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados. Após passar pela Comissão de Constituição e Justiça, o caso seguirá ao plenário, onde será necessária a aprovação de pelo menos 257 deputados para a cassação. Apesar da sentença do STF determinar a perda imediata do mandato, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que a questão deve ser debatida pelos deputados.

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