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ONU pede que EUA evitem estigmatizar afegãos após ataque perto da Casa Branca
Um representante da agência de refugiados da ONU solicitou nesta quinta-feira (27) que os Estados Unidos não adotem medidas mais duras de imigração contra os afegãos depois do ataque a tiros contra soldados da Guarda Nacional junto à Casa Branca.
De acordo com a imprensa americana, o suspeito é um afegão que trabalhou ao lado das forças americanas em seu país e imigrou para os EUA há quatro anos.
O presidente Donald Trump repudiou o ataque ocorrido na quarta-feira e pediu que o governo faça uma “reavaliação” das pessoas que chegaram do Afeganistão durante a administração de Joe Biden.
“Trata-se de um crime grave, e se as acusações forem confirmadas, certamente condenamos o ato”, declarou Arafat Jamal, chefe da agência da ONU para refugiados (Acnur) em Cabul.
Ele destacou a esperança de que o incidente não prejudique outros afegãos, solicitantes de asilo ou refugiados nos Estados Unidos.
“Minha preocupação é que a mídia foque excessivamente na origem afegã do suspeito”, comentou durante sua visita a Bruxelas para encontros com representantes da União Europeia.
O funcionário da ONU também falou sobre a importância de preservar a reputação dos afegãos que moram nos Estados Unidos e em outras nações, os quais apoiaram lealmente os americanos enquanto estiveram no Afeganistão.
A secretaria de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, indicou que o suspeito teria se beneficiado de um programa do governo Biden para apoiar afegãos que colaboraram com os americanos após a retomada do poder pelos talibãs em 2021.

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