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Governo vai diminuir número de gestores em 30% das escolas de São Paulo
O número de diretores e coordenadores pedagógicos nas escolas estaduais de São Paulo será alterado. Atualmente, a quantidade desses gestores depende do número de salas de aula em cada escola. A partir de 2026, Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) implementará uma nova regra: a quantidade de gestores será baseada no total de alunos matriculados.
Essa mudança afetará quase metade dos 5.300 colégios estaduais. Conforme a Secretaria da Educação (Seduc), o ajuste faz parte de um conjunto de medidas administrativas para aumentar a eficiência e melhorar os índices de aprendizagem.
‘As alterações respondem a solicitações das próprias escolas e unidades regionais, que indicaram dificuldades na gestão em escolas com muitos alunos e muitos professores. Identificamos que o melhor caminho é redistribuir os gestores e o apoio administrativo de forma mais justa, garantindo uma equipe pedagógica proporcional ao tamanho e às necessidades das escolas’, explicou Renato Feder, secretário da Educação de São Paulo, em comunicado.
No entanto, conforme apurado, a medida, ainda não oficialmente anunciada, já causou preocupação entre os gestores e educadores. ‘Há uma apreensão entre os profissionais da educação, pois não houve diálogo conosco. A proposta vai na direção contrária do que solicitamos’, afirmou um diretor, que preferiu não se identificar. ‘É um troca que não compensa. Atualmente, tenho quatro agentes de organização escolar; com a mudança, perdereia um, ficando com três. Embora ganhe um vice-diretor, perco um coordenador e um funcionário’, complementou.
Ao todo, 1.561 escolas estaduais terão redução no número de funcionários, 1.288 terão aumento e 2.127 permanecerão com o quadro atual.
Estrutura de gestão nas escolas estaduais
Segundo a Seduc, escolas com até 200 alunos terão, no mínimo, um diretor, um coordenador pedagógico (CGP), um gerente de organização escolar (GOE) e um agente de organização escolar (AOE).
Para escolas com 201 a 500 alunos, a equipe contará com um vice-diretor e de um a três agentes de organização escolar adicionais.
Com 501 ou mais alunos, o número de gestores aumenta proporcionalmente.
Escolas pequenas, com até 600 alunos, podem ter redução no número de gestores. Os detalhes serão formalizados por resolução.
Novas funções e mudanças na gestão pedagógica
Outra alteração será na função dos coordenadores de gestão pedagógica por área de conhecimento (CGPAC), atualmente restrita a professores efetivos e relacionada à supervisão conforme número de turmas. A partir de 2026, essa atribuição será transferida ao professor articulador por área de conhecimento (PAAC). A carga horária desses profissionais será definida pelo número de docentes, podendo chegar até seis em escolas maiores, e a posição estará aberta a qualquer professor com aulas atribuídas.
Divisão de escolas com mais de 1.200 alunos
O governo também planeja dividir as escolas estaduais com mais de 1.200 alunos em duas unidades administrativas. Essa proposta foi comunicada recentemente às equipes escolares.
As escolas que aderirem a esse projeto-piloto, voluntariamente, terão duas direções distintas e suas próprias equipes de apoio. As unidades selecionadas são de tempo parcial, atendendo aos anos finais do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. A maioria está na região metropolitana de São Paulo, mas há interesse em outras regiões do estado.
O intuito é facilitar a gestão para os diretores, reduzindo o número de alunos que cada um precisa acompanhar. O projeto depende da publicação de um decreto e deverá começar em caráter experimental no próximo ano em uma seleção de escolas.

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