Economia
Vendas de armas batem novo recorde em 2024
As vendas dos cem maiores fabricantes de armamentos do planeta alcançaram cifras inéditas em 2024, motivadas pelos conflitos na Ucrânia e em Gaza, apesar dos desafios enfrentados na produção que atrasaram as entregas, informou um relatório divulgado nesta segunda-feira (que corresponde à noite de domingo, 30, no Brasil).
Durante o ano, as vendas somaram 679 bilhões de dólares (R$ 3,62 trilhões), representando um crescimento de 5,9% comparado ao ano anterior, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri).
Nos últimos dez anos, entre 2015 e 2024, a receita dos cem principais fornecedores cresceu 26%.
Lorenzo Scarazzato, do programa de Gastos Militares e Produção de Armas do instituto, declarou: “No ano passado, o faturamento global dos fornecedores de armas atingiu o patamar mais elevado já registrado pelo Sipri, refletindo a forte demanda do mercado”.
Jade Guiberteau Ricard, integrante do mesmo programa, explicou à AFP que o aumento se deve principalmente à Europa, embora todas as regiões, exceto Ásia e Oceania, tenham registrado crescimento.
Ela apontou que o aumento da necessidade na Europa está relacionado à guerra na Ucrânia e à percepção de ameaça russa por parte dos países europeus.
Essa alta decorre, por um lado, das exigências da Ucrânia e, por outro, dos países que fornecem equipamentos e precisam atualizar seus estoques.
Em diversas nações europeias, observam-se vários planos de modernização em andamento, que apresentam uma nova fonte de demanda, acrescentou Guiberteau Ricard.
Dos cem principais produtores de armamento, trinta e nove são dos Estados Unidos, inclusive as três maiores: Lockheed Martin, RTX (que anteriormente se chamava Raytheon Technologies) e Northrop Grumman.
Juntos, os fabricantes norte-americanos tiveram um aumento de 3,8% no faturamento, totalizando 334 bilhões de dólares (R$ 1,78 trilhão), equivalente a quase metade do total global.
Na Europa, a soma do faturamento das 26 maiores companhias do setor cresceu 13%, alcançando 151 bilhões de dólares (R$ 805,78 bilhões).


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