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Michelle critica aliança do PL com Ciro Gomes e é chamada de presidenciável em Fortaleza
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, expressou neste domingo desaprovação à aproximação de membros do PL no estado com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB). Esta declaração ocorreu durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo) ao governo do Ceará.
Michelle considerou a aliança entre seus correligionários e Ciro Gomes algo feito de forma apressada. O deputado federal e presidente estadual do PL, André Fernandes, respondeu que essa decisão teve o consentimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de sua prisão.
— Adoro o André, tenho falado dele, do deputado estadual Carmelo Neto e da esposa dele em vários estados. Tenho muito orgulho, mas firmar aliança com quem é contra o maior líder da direita não é aceitável. Vamos nos mover para eleger o Girão. Essa aliança foi precipitada — afirmou Michelle após um aliado mencionar que Ciro estaria “orgulhoso” por ter causado a inabilitação eleitoral de Bolsonaro, decidida pelo TSE em 2023.
Por trás dessa aliança está o interesse do deputado André Fernandes em apoiar a candidatura do seu pai, o pastor Alcides Fernandes, ao Senado.
Michelle desaprova veementemente essa movimentação, como havia dado a entender em vídeo divulgado em suas redes sociais na semana anterior, mostrando Ciro fazendo críticas a Bolsonaro.
Após a crítica da ex-primeira-dama, Fernandes declarou aos jornalistas que o apoio a Ciro contou com aval do ex-presidente.
— A esposa do ex-presidente vem aqui e critica nossa ação, mas o próprio Bolsonaro no dia 29 de maio pediu para que ligássemos para Ciro Gomes no viva-voz, combinando o apoio, assim como fez o presidente Valdemar Costa Neto — explicou Fernandes.
Ciro Gomes trocou recentemente o PDT pelo PSDB, sendo cotado para concorrer ao governo estadual contra o atual governador Elmano de Freitas (PT), que buscará a reeleição em 2026. Na entrada de Ciro no PSDB, Fernandes expressou esperança na união da oposição em 2026.
Mesmo contrariando acordos locais, os sinais de Michelle sobre a direção do PL em 2026 têm repercutido em estados como Santa Catarina e Distrito Federal. Essa postura tem gerado reação dos filhos do ex-presidente, que se opõem à possibilidade da ex-primeira-dama sucedê-lo nas eleições.
No evento em Fortaleza, Michelle foi referida como “presidenciável” pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR), que usou o termo também para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), postulante ao Palácio do Planalto.
Quando perguntada, Michelle questionou em voz baixa: “Eu, presidenciável?”. Dallagnol respondeu: “Para nós, sim.”


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