Conecte Conosco

Mundo

Zelensky encontra Macron em Paris para discutir paz na Ucrânia

Publicado

em

Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, viajou nesta segunda-feira (1º) para Paris, onde se reuniu com o presidente francês, Emmanuel Macron, em meio a um cenário de pressão diplomática. Enquanto isso, o ex-presidente americano Donald Trump expressa otimismo quanto a uma solução para o conflito com a Rússia.

Há dez dias, os Estados Unidos apresentaram um plano composto por 28 pontos, elaborado sem a participação dos aliados europeus de Kiev, com o objetivo de pôr fim ao conflito iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.

Desde então, as negociações diplomáticas têm se intensificado. No último domingo, uma delegação ucraniana se reuniu com integrantes do governo americano na Flórida, e nesta terça-feira o presidente russo, Vladimir Putin, receberá o enviado dos EUA, Steve Witkoff, em Moscou.

Esta semana promete ser decisiva para o futuro da Ucrânia, conforme destacou a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, antes de uma reunião dos ministros da Defesa europeus em Bruxelas.

Macron saudou Zelensky com um aperto de mãos ao seu desembarque no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa em Paris.

O encontro deve focar na “situação atual e nas condições para uma paz justa e duradoura”, alinhada às discussões realizadas em Genebra e ao plano americano, conforme informado pela Presidência da França.

O plano apresentado pelos EUA, visto como bastante favorável a Moscou, propunha que as forças ucranianas se retirassem completamente da região de Donetsk, implicando um reconhecimento tácito das regiões de Donetsk, Luhansk e da península da Crimeia como territórios russos.

Além disso, exigia que a Ucrânia reduzisse suas Forças Armadas e amendasse a Constituição para que o país não se unisse à Otan.

Posteriormente, os EUA ajustaram o plano em consulta com os ucranianos e europeus em Genebra, e voltaram a discutir bilateralmente na Flórida durante uma reunião considerada produtiva por ambas as partes.

O chanceler francês, Jean-Noël Barrot, afirmou que o conteúdo final do texto ainda é desconhecido.

Os europeus esperam que o governo americano, que consideram condescendente com Putin, não sacrifique a Ucrânia, vista como um bastião contra as ambições russas na Europa.

Apesar das discussões recentes, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que ainda há trabalho a ser feito, e Kiev descreveu as negociações como desafiadoras.

Zelensky comentou pelo X que “restam pontos difíceis a resolver”.

Trump manifestou esperança na vontade da Rússia e da Ucrânia de encerrar o conflito, mas ressaltou a posição enfraquecida de Kiev devido a um escândalo de corrupção que abala seu governo.

Na última sexta-feira, Zelensky demitiu seu chefe de gabinete influente, Andrii Yermak, após uma operação das unidades anticorrupção na residência deste.

No campo de batalha, as forças russas avançam no leste da Ucrânia, e ataques com drones e mísseis continuam a impactar áreas de retaguarda, buscando minar o moral da população.

Recentemente, autoridades ucranianas relataram que um ataque de míssil russo atingiu Dnipro, causando a morte de três pessoas e ferimentos em outras 15.

Na França, a esposa do presidente ucraniano, Olena Zelenska, participará de um evento vinculado à iniciativa “Bring kids back” (“Tragam as crianças de volta”), da qual é madrinha.

Essa iniciativa já permitiu o retorno de aproximadamente 2.000 crianças ucranianas que foram separadas de suas famílias pela Rússia, como salientou Barrot. Ele também lembrou que esse ato extremo de guerra levou à emissão de uma ordem de prisão contra Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados