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Mercados europeus fecham em baixa com impacto da Airbus e setor de defesa
As bolsas europeias terminaram a segunda-feira (1º) principalmente em baixa, refletindo a queda das ações da Airbus, após um recall de aeronaves, além de perdas significativas em empresas do setor de defesa, enquanto investidores acompanham os esforços para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Em Londres, um acordo preliminar entre os EUA e o Reino Unido referente a preços de medicamentos trouxe pouco alívio para o setor farmacêutico.
Na capital britânica, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em queda de 0,18%, com 9.702,53 pontos. Frankfurt registrou um recuo de 1%, chegando a 23.597,44 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,32%, a 8.097 pontos. Milão teve perdas de 0,22%, fixando o FTSE MIB em 43.259,48 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 apresentou leve alta de 0,11%, somando 16.389 pontos. Lisboa viu pequena baixa de 0,04%, com o PSI 20 em 8.107,17 pontos. Esses valores são preliminares.
Frankfurt liderou as perdas no continente, com uma queda acentuada durante a maior parte da sessão, enquanto outros índices oscilaram em baixa moderada. A empresa Rheinmetall (-2,2%) foi destaque em volume na bolsa alemã, refletindo a pressão sobre o setor de defesa, que foi impactado por notícias positivas sobre negociações de paz na Ucrânia.
Durante o final de semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com autoridades europeias para discutir uma nova proposta de cessar-fogo, embora ressalte que ainda existem pontos pendentes. Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, tem encontro marcado com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff.
O índice do setor aeroespacial e de defesa do Stoxx 600 caiu 2,88%, em grande parte devido a uma forte perda nas ações da Airbus (-5,8%). A fabricante francesa já finalizou os reparos nos aviões A320, mas reportagens apontam que problemas na produção continuam a atrasar entregas.
No campo comercial, o foco estava em um acordo preliminar entre EUA e Reino Unido para isentar tarifas sobre medicamentos britânicos sob a Seção 232, contanto que Londres se comprometa a reduzir os preços desses produtos. A medida teve pouco impacto nas ações das farmacêuticas britânicas, com a AstraZeneca encerrando em baixa de 1,1%.
Contrariando essa tendência negativa, o setor de recursos básicos europeu registrou alta de 0,8%, acompanhando ganhos nos preços do ouro, prata e metais como cobre entre as commodities.


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