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Reino Unido e EUA fecham acordo de tarifa zero para medicamentos
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (1º) que irão eliminar as tarifas alfandegárias sobre medicamentos vindos do Reino Unido, em troca do aumento de 25% nos investimentos em medicamentos no país.
Este acordo oferece às companhias britânicas um tratamento comercial mais vantajoso em comparação com parceiros como a União Europeia (UE) e a Suíça, cujos produtos ainda enfrentam tarifas de 15%.
Em contrapartida, o governo britânico concordou em incrementar os gastos com determinados medicamentos financiados pelo sistema público de saúde do país (NHS), atendendo à solicitação dos EUA.
O governo do Reino Unido afirmou que fará um investimento cerca de 25% maior em tratamentos inovadores, seguros e eficazes — o primeiro aumento relevante em mais de 20 anos.
Com essa mudança, o NHS terá mais possibilidade de aprovar medicamentos que tragam melhorias significativas à saúde, mas que antes poderiam ser rejeitados por questões econômicas.
Os Estados Unidos esperam que esse incremento na receita produzida fora do país possibilite a redução dos preços elevados dos medicamentos em seu mercado interno.
Jamieson Greer, representante da Casa Branca para o Comércio (USTR), declarou que o acordo visa garantir que os americanos não paguem valores altos em seus medicamentos para subsidiar a saúde em outros países desenvolvidos.
De acordo com a Casa Branca, Londres compromete-se a não compensar o aumento dos preços de alguns medicamentos por meio da redução dos preços de outros produtos farmacêuticos.
Anteriormente, os medicamentos britânicos não estavam sujeitos às tarifas dos EUA, pois a aplicação delas havia sido suspensa.
Durante seu governo, Donald Trump frequentemente ameaçava impor tarifas para pressionar a indústria a estabelecer fábricas dentro dos Estados Unidos e reduzir os preços dos medicamentos internamente.
Grandes empresas do setor, como a britânica AstraZeneca e a GSK, já firmaram acordos de isenção com a administração americana, comprometendo-se a investir bilhões de dólares nos EUA e a baixar os preços em troca da isenção dos direitos alfandegários.
Este novo acordo entre Reino Unido e Estados Unidos no setor farmacêutico complementa o tratado comercial recente que limitou a 10% a maioria das tarifas americanas sobre produtos britânicos.
Os preços dos medicamentos nos Estados Unidos estão entre os mais caros do mundo, superando significativamente aqueles praticados em países vizinhos e na Europa.


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