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Mpsp acusa mulher que contratou gêmeas para matar o pai
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra Michele Paiva da Silva, de 42 anos, por contratar as gêmeas criminosas Ana Paula Veloso e Roberta Cristina Veloso Fernandes, responsáveis por envenenamentos fatais em série, para matar seu próprio pai.
Michele financiou a viagem de Ana Paula de Guarulhos ao Rio de Janeiro para cumprir o assassinato. Como resultado, Michele foi denunciada por homicídio qualificado com três agravantes e pode ser condenada a até 40 anos de prisão.
O alvo do crime foi o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, com quem Michele tinha desavenças graves. A estudante de direito contratou a colega de faculdade Ana Paula Veloso para executar a morte.
A investigação revelou que as irmãs gêmeas deviam dinheiro a Michele, dívida que seria perdoada com a morte de Neil. Em abril, Neil faleceu em Duque de Caxias, RJ, após consumir uma feijoada envenenada preparada por Ana Paula. A suspeita é o uso de chumbinho ou terbufós, um agrotóxico menos potente que o chumbinho.
O delegado responsável afirmou que Ana Paula usou seus conhecimentos em saúde para calcular exatidão na dosagem e efeito da substância.
Michele e Ana Paula foram presas em 7 de outubro na Baixada Fluminense, e Roberta foi detida pouco depois.
O MPSP denunciou Michele por homicídio com qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, e recurso dificultador de defesa, considerando que a vítima tinha mais de 60 anos. A promotoria pediu a conversão da prisão temporária dela em preventiva.
Crimes cometidos pelas gêmeas
Ana Paula e Roberta são suspeitas de pelo menos quatro homicídios por envenenamento em São Paulo, Guarulhos e Rio de Janeiro, ganhando o apelido de “serial killers”.
- Marcelo Hari Fonseca: morto em 31 de janeiro. Alugava imóvel às gêmeas e foi encontrado morto em estado avançado. Ana Paula admitiu o assassinato.
- Maria Aparecida Rodrigues: amiga que comeu bolo preparado pelas gêmeas e morreu horas depois. Ana Paula tentou incriminar outra pessoa.
- Neil Corrêa da Silva: assassinado por encomenda; Ana Paula viajou para o RJ para executar o crime.
- Hayder Mhazres: tunisiano de 21 anos morto em 23 de maio. Ana Paula o perseguia alegando gravidez e planejava casamento post mortem para direitos de viúva.
Planejamento de assassinatos por encomenda
A polícia descobriu que as irmãs planejavam trabalhar com homicídios pagos, cobrando mínimo de R$ 4 mil por morte, usando o código “TCC” para os assassinatos.
Roberta cuidava do apoio logístico e financeiro, orientando Ana Paula sobre valores e uso exclusivo de dinheiro em espécie para não deixar rastros. A segurança nas comunicações era prioridade, com preferência por ligações telefônicas para assuntos importantes.
Defesa das acusadas
O advogado Almir da Silva Sobral, que representa as irmãs, declarou que é prematuro afirmar culpabilidades enquanto as provas ainda são examinadas, respeitando a presunção de inocência. Ele acredita que a verdade virá à tona ao final da investigação.


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