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Economia

Clima Econômico da América Latina cresce no 3º trimestre, diz FGV

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O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina aumentou 8,7 pontos do segundo para o terceiro trimestre de 2025, alcançando 86,8 pontos, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a FGV, o período analisado apresentou um comportamento mais uniforme entre as maiores economias da região, evidenciando uma tendência positiva. As economias que apresentaram recuperação no ICE possuem maior ligação com o ciclo econômico dos Estados Unidos. Uma postura comercial menos agressiva do que o previsto inicialmente e um desempenho econômico menos desfavorável nos EUA parecem estar relacionados com a melhora do clima econômico na América Latina.

No ICE, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 7,6 pontos, atingindo 81,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 9,8 pontos, chegando a 92,7 pontos no mesmo período.

Apesar da melhora consistente, todos os indicadores ainda permanecem em nível desfavorável, com valores inferiores a 100 pontos. A recuperação recente do IE ainda não alcançou níveis históricos, mas o ISA demonstra uma aceleração significativa, mesmo que ainda esteja em um patamar restritivo. É importante notar a diminuição da diferença histórica entre o IE e o ISA desde 2022, indicando redução do otimismo sobre o futuro econômico na América Latina, conforme destaca a FGV.

Contrariando a tendência dos demais países, o Brasil registrou uma queda de 3,6 pontos no ICE no terceiro trimestre, situando-se em 66,1 pontos. O ISA brasileiro diminuiu 1,3 ponto, ficando em 83,3 pontos, enquanto o IE recuou 5,6 pontos, para 50,0 pontos.

O levantamento ressalta que o panorama internacional continua instável, com questões delicadas como a pressão militar e geopolítica dos Estados Unidos em relação a países como Venezuela, Colômbia e México.

A crescente aproximação da América Latina com a China, juntamente com a realização de várias eleições regionais em 2026, tende a intensificar as tensões entre Washington e seus parceiros locais. Portanto, embora seja positivo o aumento das expectativas e do clima econômico, a FGV aconselha cautela e um olhar crítico para o futuro próximo.

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