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DF paga salário de inativos da Saúde; 30 mil terceirizados aguardam repasse

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O Sindicato dos Empregados da Saúde confirmou na manhã desta quinta-feira (11) o pagamento dos salários atrasados dos 10 mil servidores aposentados da Secretaria de Saúde. A expectativa é de que os repasses para os 30 mil terceirizados também sejam confirmados ao longo do dia. O governo diz que a arrecadação abaixo do esperado causou o problema.

Por causa dos atrasos, que também atingiram os servidores públicos que estão na ativa, funcionários fecharam o Eixo Monumentao por mais oito horas na tarde desta terça. Uma servidora ativa que afirma ser concursada da Secretaria de Saúde diz, no entanto, que ainda não recebeu o salário atrasado. A técnica de enfermagem Patrícia Cristina Cardoso afirmou ao G1 que o pagamento dela não caiu.

“Eu vou 11h no banco, na hora que abrir, pra ver se o problema foi o GDF ou o banco, todo mundo daqui no meu serviço recebeu, só o meu que não caiu”, afirmou.

A aposentada Conceição Valor Rey é pensionista por causa do ex-marido, que era médico da Secretaria de Saúde. Ela afirma que o banco em que recebe a pensão está cobrando juros em cima dos pagamentos de cheques pré-datados e de débito em conta que caem.

“São R$ 45 de taxa por cada cobertura que cai na conta. A gente que vai arcar com isso também? Essa noite entrou um cheque, por exemplo, como não entrou o dinheiro, o BRB cobriu, mas tem R$ 45 de juros mais impostos cobrados […] Eu corri para cobrir o cheque, quem coloca conta em débito tá entrando nessa. Eu estou aqui subindo pelas paredes”, disse.

O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, afirmou que procuraria o BRB para que não haja esses descontos.

Dificuldades financeiras
O governo do Distrito Federal alega que teve uma arrecadação menor do que a esperada e que isso se refletiu no pagamento de servidores e manutenção de serviços. O Executivo afirma que vai fechar as contas e entregar o governo sem dívidas ao próximo gestor, Rodrigo Rollemberg. No primeiro discurso após a eleição, ele havia dito que o rombo era de R$ 2,1 bilhões.

Na saúde, o governo decidiu remanejar R$ 84 milhões de convênios com o governo federal – incluindo o fomento a programas de combate e prevenção a doenças como dengue e Aids, que apresentaram indicadores ruins neste ano – para pagar dívidas com fornecedores e reabastecer a rede pública da capital do país com medicamentos e materiais hospitalares. Um levantamento feito por técnicos estima que o rombo da pasta seja de R$ 150 milhões.

Fonte: G1

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