Brasileira presa na Argentina por envolvimento no 8 de janeiro

Sirlene de Souza Zanotti, condenada por sua participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, foi detida nesta terça-feira na Argentina. Ela estava sendo procurada por um mandado de prisão emitido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e era considerada foragida.

Em março de 2024, Sirlene Zanotti recebeu uma sentença de 14 anos, com início do cumprimento em regime fechado. Ela foi julgada culpada pelas acusações de tentar eliminar violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de estado, danos ao patrimônio histórico protegido e associação criminosa armada.

A prisão ocorreu quando Sirlene tentava sair do país pela fronteira com o Paraguai. Em outubro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes decretou a extradição de 63 fugitivos do 8 de janeiro que estavam na Argentina, após pedido da Polícia Federal.

A defesa de Sirlene confirmou sua detenção e manifestou profunda preocupação com sua prisão fora do Brasil.

Segundo o advogado Hélio Ortiz, “a situação de Sirlene revela um cenário em que direitos constitucionais fundamentais — como a presunção de inocência, a proporcionalidade e o direito a um julgamento justo — têm sido frequentemente desconsiderados em alguns processos com motivações políticas”.