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Lula condena violência contra a mulher e rejeita votos de agressores

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira, 2, que decidiu assumir a responsabilidade de promover uma mobilização dos homens no país para combater a crescente violência contra a mulher. Ele comentou sobre casos recentes que chocaram a população e afirmou que não deseja votos de homens que praticam agressões.

“Como presidente da República, farei um movimento dos homens de bem neste país, contra a violência contra a mulher. Ontem (terça, 2), disse em um comício: quem agride uma mulher não precisa votar em mim. É uma vergonha ser violento.”

A cidade de São Paulo já contabiliza em 2025 o maior número de feminicídios da última década, com a semana marcada por episódios de violência extrema.

Uma mulher teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada na zona norte da capital. Em Pernambuco, um homem assassinou a esposa grávida e os quatro filhos incendiando a residência onde moravam.

Na terça-feira, Lula comentou que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pediu que ele encabece uma luta mais firme contra a violência masculina contra a mulher. O presidente também falou sobre o tema em entrevista à TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo no Ceará.

“Assumi a tarefa de tentar mobilizar os homens do país. A violência é praticada pelos homens contra as mulheres. Nós, homens, temos que mostrar consciência, vergonha, nos educar. Não podemos aceitar como normal que alguém ache que tem direito sobre a companheira.”

Lula relatou que, no domingo, 30, a Janja chorou com as notícias de feminicídios.

“Aquele caso da mulher arrastada por um carro por um quilômetro, que perdeu as duas pernas; a mulher presa em casa, grávida, com três filhos, cujo marido ateou fogo na residência; a mulher baleada pelo marido com duas pistolas; e uma criança de dois anos na Bahia que foi violentada e estuprada.”

O presidente destacou que “nossa mão é feita para trabalhar, para demonstrar afeto, não para praticar violência contra as mulheres”. Ele não informou se essa ideia resultará em campanha oficial ou somente em um pronunciamento enérgico.

“Essa é uma campanha para homens que têm dignidade, caráter e respeito, que querem construir uma família e dizer ao amigo: não bata na mulher, não seja violento. Se não ama mais, siga seu caminho.”

Erro em 2024

Em julho do ano passado, o presidente cometeu um erro ao tratar do tema. Em reunião no Palácio do Planalto, ele afirmou considerar estranho que a violência contra a mulher aumentasse após jogos de futebol, porém fez uma observação – “se o torcedor é corintiano, não há problema”.

“Hoje recebi uma notícia triste. Soube de uma pesquisa que indica aumento da violência contra a mulher depois de partidas de futebol. É difícil de acreditar. Se o torcedor é corintiano, tudo bem. Eu não me irrito quando perco; sinto muito. Quero parabenizar as mulheres que estão presentes.”

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