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Aumento dos feminicídios leva mulheres a convocar protesto na Paulista
Em meio à escalada nos casos de feminicídio, consumados e tentados, o Movimento Nacional Mulheres Vivas está organizando um protesto para o domingo, 7 de dezembro, na Avenida Paulista, São Paulo, e em várias cidades pelo país.
“Dada a urgência do tema, a articulação nacional para a data e o suporte logístico obtido, o ato ocorrerá no domingo, 7 de dezembro, às 14h, com concentração a partir das 12h no Vão do MASP, em São Paulo”, declarou a organização.
“Permanecemos unidas. Pela vida das mulheres. Pela força do nosso movimento”, afirmam as representantes.
São Paulo registra recorde de feminicídios em 2025
A capital paulista anotou um recorde nos feminicídios em 2025, totalizando 53 casos entre janeiro e outubro. Mesmo sem contar os meses finais do ano, esse número é o maior desde o início da série histórica em 2015.
No estado, foram 207 feminicídios durante o mesmo período, incluindo 101 ocorrências no interior e 40 na região metropolitana. Esse total representa um crescimento de 8% em comparação ao ano anterior, que registrou 191 casos.
Os dados são divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), baseados em boletins de ocorrência que indicam o agravante de feminicídio.
Casos recentes de violência contra a mulher
Na última semana, uma tentativa de feminicídio em São Paulo causou grande comoção. Tainara Souza Santos, de 30 anos, foi arrastada por um carro na Marginal Tietê e sofreu amputação das duas pernas, estando em estado grave. O agressor, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, está preso.
No Rio de Janeiro, duas mulheres foram assassinadas a tiros por João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves, funcionário do Cefet que não aceitava ser subordinado a mulheres.
Recentemente, na zona norte de São Paulo, um homem invadiu uma pastelaria e atirou contra sua ex-namorada, baleando-a gravemente. O agressor fugiu.
Presidente Lula se emociona ao tratar de feminicídio
Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento em Ipojuca, Pernambuco, comentou a violência contra as mulheres, emocionando-se e defendendo penas mais severas para os agressores.
“Que pena merece um desgraçado desse? Até a morte é suave […]. Precisamos de lição de caráter, dignidade, educação e respeito às mulheres. Sem elas, nem existiríamos”, afirmou o presidente.
Bancada Feminista propõe CPI do Feminicídio
A Bancada Feminista do PSol protocolou pedido para formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o aumento dos feminicídios em São Paulo, motivada pelos recentes casos chocantes no estado.
A CPI busca esclarecer causas, motivações, deficiências nas políticas públicas e eventuais negligências governamentais. O requerimento destaca a legislação que criminaliza o feminicídio com penas de 20 a 40 anos e reforça o endurecimento das penalidades. Contudo, a bancada ressalta que somente punições não têm sido suficientes para frear o avanço da violência contra as mulheres.


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