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Talibã nega ligação do Afeganistão com ataque a guardas nos EUA

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O governo do Talibã declarou nesta quarta-feira (3) que o atentado contra dois soldados americanos da Guarda Nacional em Washington, ocorrido na semana passada, e que teve como suspeito um afegão, foi um ‘incidente’ que não está relacionado ao governo nem ao povo afegão.

“Este foi um episódio cometido por um único indivíduo. A pessoa responsável por esse ato havia sido treinada pelos próprios americanos (…) Assim, este caso não envolve o governo ou o povo afegão”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Amir Khan Muttaqi, em um vídeo publicado pelo seu gabinete.

Até o momento, Cabul ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o ataque a tiros contra os dois soldados da Guarda Nacional, ocorrido na semana passada, no qual uma mulher faleceu.

Na terça-feira, o suspeito, Rahmanullah Lakanwal, um afegão de 29 anos que foi ferido e detido no local do ataque, declarou-se inocente durante uma audiência por videoconferência diretamente do hospital, conforme noticiado por diversos veículos de comunicação, incluindo a CNN.

Lakanwal havia chegado aos Estados Unidos em setembro de 2021, pouco depois da retirada das tropas americanas do Afeganistão. Ex-membro de uma unidade especial das forças afegãs que atuou junto às tropas americanas, ele foi beneficiado por uma grande operação de evacuação de afegãos que colaboraram com os EUA contra o Talibã.

“Os americanos o treinaram, o empregaram, e ele deixou o Afeganistão de forma irregular, sem seguir as normas internacionais”, avaliou Muttaqi no vídeo divulgado por seu gabinete.

“Temos insistido repetidamente junto aos americanos para estabelecer relações diplomáticas que possibilitem a oferta de serviços consulares aos nossos cidadãos. Isso evita que as pessoas tenham que viajar ilegalmente ou praticar atos ilícitos”, acrescentou o ministro.

“Assim como temos estabelecido essas relações com outras nações, é necessário iniciar esse processo com os Estados Unidos”, destacou o chefe da diplomacia talibã.

O governo do Talibã tem feito do reconhecimento internacional uma prioridade; contudo, até o presente momento, apenas a Rússia oficializou esse reconhecimento.

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